"Apela-se a que sejam aplicadas de imediato em Torres Vedras as regras condizentes com o nível de risco atualizado em Torres Vedras, deixando de ficar sujeito ao recolher obrigatório no fim de semana de 19 e 20 de dezembro", afirmou o vereador do PSD Marco Claudino, numa declaração à agência Lusa.
Para o social-democrata, tendo as medidas do novo estado de emergência, que vigora até 07 de janeiro, sido anunciadas pelo primeiro-ministro na quinta-feira e não ao sábado, como ocorreu no início deste mês, não faz sentido manter as restrições no "último fim de semana antes do Natal, especialmente importante para o setor económico".
"É difícil compreender que possa haver recolher obrigatório às 13:00 quando Torres Vedras já não se encontra classificado como risco muito elevado, levando a concentração de pessoas na parte da manhã e a mais dificuldades à economia local", alertou.
A obrigação do recolher obrigatório entre as 13:00 e as 05:00 aos fins de semana aplica-se aos concelhos com risco "muito elevado" e "extremo".
Torres Vedras, no distrito de Lisboa, entrou na lista dos 78 concelhos em nível de risco muito elevado da covid-19 por ter entre 480 e 960 casos de covid-19 por 100 mil habitantes nos últimos 15 dias, durante o estado de emergência, que está em vigor desde o dia 09 até ao dia 23.
Na quinta-feira, baixou o risco, integrando a lista dos 44 concelhos de risco "elevado" para o estado de emergência, que vai vigorar entre 24 de dezembro e 07 de janeiro, em virtude de registarem mais de 240 e até 480 casos por 100 mil habitantes nos últimos 15 dias.
Desde o início da pandemia, Torres Vedras contabiliza 1.745 casos confirmados, dos quais 267 se mantêm ativos, 1.453 recuperaram e 25 morreram, de acordo com o último boletim epidemiológico do município.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.662.792 mortos resultantes de mais de 74,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 5.977 pessoas dos 366.952 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
