CDU mantém "confiança e expectativa" de eleger um deputado nos Açores
O dirigente do PCP Aníbal Pires disse hoje que a CDU mantém a "confiança e a expectativa" na eleição de um deputado nos Açores e que, se isso acontecer, "não será a CDU que ganha, mas ganham os açorianos".
© PCP
Política Eleições/Açores
"A nossa expectativa é de eleição de um deputado, aliás, aquilo que decorreu e as mensagens que nos foram transmitidas em termos de campanha eleitoral, e por toda a região, foi uma mensagem de confiança e, sobretudo, de reconhecimento do papel do PCP e da CDU na vida política regional", afirmou Aníbal Pires, em declaração aos jornalistas, a partir do centro de trabalho do PCP, em Ponta Delgada.
O dirigente comunista reagia à projeção à boca das urnas da Universidade Católica para a RTP, que prevê que a CDU, coligação que junta o PCP e Os Verdes, consiga 1% a 2% da votação nas legislativas regionais deste domingo, podendo assim eleger um deputado.
"Julgo que, se isso vier a acontecer, não será a CDU que ganha, mas ganham os açorianos, por ter uma voz diferente no parlamento regional", prosseguiu o ex-líder regional comunista.
Nas anteriores regionais, em 2016, a CDU obteve 2,6%, conseguindo eleger um deputado regional.
A projeção diz que o PS volta a ganhar as eleições regionais dos Açores, obtendo entre 37% e 41%, o que não garante a maioria absoluta, segundo a projeção à boca das urnas realizada hoje pela Universidade Católica para a RTP.
Com esta percentagem, o PS pode eleger entre 26 e 30 dos 57 deputados do parlamento dos Açores, segundo a projeção divulgada pela RTP pelas 19:00 nos Açores (20:00 em Lisboa).
Sobre o resultado do Partido Socialista, Aníbal Pires considerou que a perda de maioria absoluta "não é drama nenhum, antes pelo contrário: a haver um governo minoritário do Partido Socialista, ganha a democracia açoriana e, certamente, ganhará a autonomia".
O antigo deputado à Assembleia Legislativa Regional lembrou ainda que a legislatura de 1996 a 2000, em que o PS governou em minoria, "terá sido o melhor governo da Região Autónoma dos Açores".
Na projeção, o PSD fica entre 32% e 36% dos votos, elegendo 19 a 22 deputados, e o CDS-PP obtém entre 3% e 6% dos votos e pode eleger um a três deputados.
A mesma projeção indica que o Chega consegue 3% a 6% dos votos, com um a três deputados, e que o BE obtém entre 2% e 5%, com um ou dois deputados.
O PAN arrecada entre 2% e 3%, a CDU entre 1% e 2%, a IL entre 1% e 2%, e o PPM entre 1% e 2%, podendo eleger, cada um, pelo menos um deputado.
A projeção à boca das urnas realizada hoje pela Universidade Católica para a RTP aponta para uma abstenção entre 52% e 58%.
As legislativas dos Açores decorreram com 13 forças políticas candidatas aos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP. Estavam inscritos para votar 228.999 eleitores.
No arquipélago, onde o PS governa há 24 anos, existe um círculo por cada uma das nove ilhas e um círculo de compensação, que reúne os votos não aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.
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