Referendo sobre Eutanásia? "Esquerda tem medo de ouvir o povo"

Parlamento chumbou consulta popular à morte medicamente assistida esta sexta-feira.

Eutanásia: "É imperioso acabar com o sofrimento inútil"

© Getty Images

Notícias Ao Minuto
25/10/2020 18:00 ‧ 25/10/2020 por Notícias Ao Minuto

Política

Aliança

O Aliança reagiu, este domingo, ao chumbo da Assembleia da República a um referendo sobre a (des)penalização da Eutanásia. O partido considera que "o resultado da votação do projeto de resolução, que uniu toda a esquerda parlamentar e nove deputados do PSD, de entre os quais o seu presidente, deixam claro que há em Portugal políticos que têm medo de ouvir a voz do povo em questões fraturantes."

Numa nota a que o Notícias ao Minuto teve acesso - com o título de "Esquerda tem medo de ouvir o povo" - o partido sublinha que "com absoluta ilegitimidade democrática, atendendo a que nas últimas Eleições Legislativas nenhum dos partidos determinantes para a formação da maioria parlamentar referiu nos seus programas qualquer posicionamento sobre a Eutanásia, estes deputados ignoraram o pedido de um referendo apresentado por 95 mil cidadãos que mais não pretendia do que devolver ao povo a decisão sobre uma matéria que não é consensual na sociedade portuguesa".

O Aliança, prossegue, afirmando que "não pode deixar de manifestar a sua preocupação, no quadro do desejável entendimento futuro dos partidos não socialistas, que tem vindo a defender, que alguns daqueles que deveriam ser a principal oposição ao Governo sigam a reboque da agenda da extrema-esquerda parlamentar."

"Num momento em que o País discute formas de defender a vida, o Parlamento ocupa-se a discutir a morte", frisa também.

O partido, fundado em 2018 por Pedro Santana Lopes e atualmente liderado por Paulo Bento, apela ainda no mesmo comunicado ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, "para, se esta vier a ser aprovada no Parlamento, vetar uma lei que constitui um passo atrás naquele que foi o primeiro País do mundo a abolir a pena de morte".

De lembrar que o referendo à morte medicamente assistida, proposto por uma iniciativa popular dinamizada pela Federação Portuguesa pela Vida e que reuniu mais de 95 mil assinaturas, foi esta sexta-feira chumbado na Assembleia da República

PS, BE, PCPPEV, PAN, nove deputados do PSD (entre os quais Rui Rio) e as deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues votaram contra o referendo. Já Iniciativa Liberal, CDS e PSD votaram a favor. O deputado único do Chega esteve ausente na votação.

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