Manifestando incómodo pelo facto de "pessoas inteligentes e valiosas" se expressarem politicamente com chavões, o socialista Porfírio Silva sustenta, utilizando três argumentos, por que é que o PS não está capturado pelo culto do chefe.
Para o deputado socialista, não faz sentido afirmar que o PS "está capturado pelo culto do chefe", quando: "O putativo candidato a futuro líder que ousou 'desafiar' o "chefe" é um dos ministros mais importantes do governo [Pedro Nuno Santos]".
"O mais persistente e consistente crítico da orientação maioritária do partido [Francisco Assis] foi recentemente eleito presidente do CES por proposta do grupo parlamentar"; e quando "o mais turbulento exibidor de discordâncias por tudo e por nada face ao posicionamento do PS é presidente de uma das mais importantes comissões parlamentares, por proposta do seu grupo parlamentar?".
Porfírio Silva conclui afirmando que o culto do chefe "está na cabeça (e talvez na coluna) de quem o pratica", rematando ainda com um elogio ao secretário-geral do PS.
"Terá muitos defeitos (até me ofereço para um concurso de "a ver quem vê mais"), mas tem um estilo de liderança que convive olimpicamente com toda a espécie de "correntes" divergentes que se expressam no espaço dos socialistas".
