"De extrema-direita ou de esquerda, fanatismo e intolerância são iguais"
Rui Rio voltou ao Twitter para fazer um 'follow-up' de outra publicação sua na mesma rede social. "Os extremismos alimentam-se mutuamente", considerou o líder do PSD.
© Global Imagens
Política Rui Rio
Rui Rio regressou ao Twitter para publicar um 'follow-up' do seu post em que versou sobre o caso de uma menina brasileira que engravidou após ter sido abusada sexualmente pelo tio, entretanto detido. Neste, o presidente do PSD escreveu que "a direita brasileira manifesta-se fortemente contra a interrupção desta gravidez e há até quem divulgue publicamente a identidade da criança", acrescentando que "os extremismos cegam e não conhecem limites".
Esta quinta-feira, o líder da oposição voltou a tweetar: "Escrevi que os extremismos cegam e não conhecem limites. Basta ler o tipo de comentários ao tweet que concluí com esta frase, para ainda melhor a entendermos", frisou.
Rio acrescentou ainda que, "seja de extrema direita ou de esquerda, o fanatismo e a intolerância são iguais. Os extremismos alimentam-se mutuamente".
Lembre-se que a menor, violada durante quatro anos pelo tio, em Vitória, no estado brasileiro de Espírito Santo, não só viu o seu nome ser divulgado na internet pela militante de extrema-direita Sara Winter, como foi alvo de uma manifestação por parte de extremistas religiosos, em frente à maternidade onde estava internada, onde foi apelidada de "assassina" por manifestar a intenção de abortar.
Escrevi que os extremismos cegam e não conhecem limites.Basta ler o tipo de comentários ao tweet que concluí com esta frase, para ainda melhor a entendermos. Seja de extrema direita ou de esquerda, o fanatismo e a intolerância são iguais. Os extremismos alimentam-se mutuamente.
— Rui Rio (@RuiRioPSD) August 20, 2020
O caso da criança, que se tornou conhecido no início deste mês, já passou por um longo processo. Primeiro, o aborto teve de ser autorizado pela justiça, em despacho, onde se defendia o supremo interesse e a defesa da vida da menina. Depois, o hospital onde estava recusou-se a fazer o procedimento legalmente autorizado.
A avó da menina teve de mudar de estado, deslocando-se para o Recife, onde uma unidade de Saúde se prontificou a fazer o procedimento - que aconteceu no passado domingo.
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