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Ministra mostra "insensibilidade" e "com diretores assim não vamos longe"

Luís Marques Mendes comentou o antes, durante e depois do surto da Covid-19 no lar de Reguengos de Monsaraz, advogando que a ministra fez um exercício de "alguma sobranceria".

Ministra mostra "insensibilidade" e "com diretores assim não vamos longe"
Notícias ao Minuto

22:06 - 16/08/20 por Notícias Ao Minuto

Política Marques Mendes

Marques Mendes comentou, no habitual espaço dos domingos no Jornal da Noite da SIC, o surto da Covid-19 no Lar de Reguengos de Monsaraz, em que 162 pessoas foram infetadas pelo novo coronavírus e 18 morreram. Para o comentador, "este 'episódio' do lar é lamentável a todos os títulos"

"É lamentável antes da tragédia ter acontecido porque, como veio demonstrar o relatório feito pela Ordem dos Médicos, aquele lar não estava manifestamente preparado para servir os idosos, só que o Estado falhou: não fiscalizou. Logo, houve um falhanço do Estado", começou por apontar o ex-líder do PSD

Já "durante a tragédia, também as coisas não correram bem", uma vez que a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, "deslocou-se ao local e não foi, publicamente, capaz de apontar um erro ou uma falha, coisa que depois o relatório vem apontar à exaustão". "Com diretores-gerais assim não vamos longe"

Já "depois da tragédia", Marques Mendes versou sobre a entrevista que a ministra Ana Mendes Godinho deu ao Expresso. "Julgo que é outro acontecimento que é lamentável. Uma ministra com a responsabilidade da área da terceira idade dizer, por exemplo, que não leu este relatório [...] isto é uma manifestação de insensibilidade enorme". 

Sobre a governante, o comentador disse, quando esta assumiu funções, "depositava grandes expectativas na sua ação", mas "ao fim do ano nesta nova pasta, há que dizer com objetividade que ela tem sido uma certa desilusão. Parece um caso de inadaptação ao posto de trabalho". 

Nesta entrevista, em particular, a ministra da Segurança Social foi, na opinião do comentador "muito infeliz" porque "fez um exercício de insensibilidade social", "alguma sobranceria" e "falta de responsabilidade". "Tudo isto é aquilo que não deve existir num ministro"

Mendes Godinho "corre o sério risco de não já, mas numa próxima remodelação, ter que sair do Governo". Agora, "ela vai ficar mas vai ficar mais frágil, vai ficar com menos autoridade, vai ter menos respeito da parte das pessoas e, portanto, só tem um caminho: mudar o seu comportamento e as suas atitudes e tentar adaptar-se ao cargo", advogou. 

De recordar que, em entrevista ao semanário, a ministra da Segurança Social admitiu que faltam funcionários nos lares, lembrando que há um programa para colmatar essa falha, mas considerou que a dimensão dos surtos de Covid-19 "não é demasiado grande em termos de proporção".

Em reação, Ana Mendes Godinho afirmou, de acordo com a SIC Notícias, que o título da publicação foi "descontextualizado de forma grave". Na mesma nota, a ministra esclareceu que a tutela tem estado, desde o início da pandemia, a acompanhar a situação nos lares e que tem desenvolvido mecanismos para antecipar e prevenir surtos.

Por sua vez, o PSD, em comunicado, revelou que vai chamar as ministras do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e da Saúde ao Parlamento "com carácter de urgência". Os líderes de CDS-PP e Chega pediram a demissão da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social no seguimento da entrevista. 

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