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Novas regras de exames nacionais são "tremenda injustiça", defende CDS

A pandemia de Covid-19 obrigou o Governo a adotar regras excecionais para o presente ano letivo. Defende o líder do CDS que os alunos "merecem que não se mudem as regras a meio do jogo".

Novas regras de exames nacionais são "tremenda injustiça", defende CDS
Notícias ao Minuto

17:20 - 14/04/20 por Filipa Matias Pereira e Melissa Lopes

Política Exames Nacionais

"Os exames nacionais que os alunos vão fazer em julho não vão servir, desta vez, para aumentar as notas internas do ensino secundário. As provas valem apenas como específicas para o ingresso no ensino superior e só nessas condições podem ajudar a subir as médias". A opinião é de Francisco Rodrigues dos Santos, que defende que esta "decisão configura uma tremenda injustiça num triplo sentido".

Para o líder centrista, é, desde logo, uma "injustiça por violar as expectativas, o esforço e o investimento financeiro dos estudantes e das suas famílias, que fizeram a gestão do seu percurso letivo em função da estabilidade das regras de acesso ao ensino superior".

É ainda uma "injustiça porque, para muitos estudantes, a melhoria da classificação final por exame é a única opção viável de melhoria da sua média interna".

Por fim, defende o presidente do CDS numa comunicação a que o Notícias ao Minuto teve acesso, "é uma injustiça pois a alteração introduz uma desigualdade face às anteriores e possivelmente às próximas gerações no sistema de ingresso no ensino superior".

Para milhares de jovens portugueses, defende ainda, "a educação é a única oportunidade de quebrar ciclos geracionais de pobreza, atingindo o sucesso através do esforço e do mérito". E quanto à proteção do seu futuro e à segurança "sobre o modelo de avaliação do seu desempenho escolar", estes alunos "merecem que não se mudem as regras a meio do jogo. O CDS é sensível aos argumentos dos estudantes e reitera a manutenção do atual modelo de acesso ao ensino superior", facto que já transmitiu ao primeiro-ministro.

Recorde-se que o Ministério da Educação publicou um diploma que dá conta de regras excecionais para o presente ano letivo. A primeira fase dos exames nacionais passa a realizar-se entre 6 e 23 de julho, tal como já tinha sido revelado na última semana pelo primeiro-ministro António Costa.

A prova de Português do 12.º - que apenas terá de ser realizada pelos alunos que se candidatem a cursos superiores que exigem este exame como prova de ingresso - é a primeira deste novo calendário. A segunda fase está prevista para 1 a 7 de setembro.

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