O CDS-PP, em comunicado enviado ao Notícias ao Minuto pela Comissão Executiva, reforça a confiança no dirigente Abel Matos Santos, depois de terem vindo a público declarações que proferiu, entre 2012 e 2015, onde elogiava Salazar, a PIDE e apelidou de “agiota dos judeus” o cônsul de Portugal em Bordéus, Aristides Sousa Mendes, que ajudou a salvar milhares de judeus durante a II Guerra Mundial.
No documento, enviado ao Notícias ao Minuto, o CDS começa por salientar que é “um partido humanista, personalista, profundamente tributário dos princípios democráticos, da obediência ao primado da dignidade da pessoa humana, da tolerância, e do respeito pelos povos”, e que “não há espaço para o racismo, para a xenofobia, para o anti-semitismo, para a intolerância ou para qualquer saudosismo de regimes que não assentem na liberdade”.
E, acrescenta o CDS, Abel Matos Santos “é também um reflexo desse espírito” e as declarações que vieram agora a público têm apenas o objetivo de "prejudicar" o partido.
“Sobre as suas afirmações antigas [de Abel Matos Santos], algumas com mais de 10 anos, agora repristinadas apenas com o firme propósito de prejudicar todo o CDS, a forma pública como se distanciou do rótulo ignóbil que lhe quiseram colar é já clarificadora: a direcção do CDS regista a mensagem cristalina que dirigiu hoje pessoalmente à Comunidade Israelita de Lisboa, na qual reafirma o seu empenho em honrar a história do povo judeu e a memória dolorosa do Holocausto”, sustenta o partido liderado por Francisco Rodrigues dos Santos.
A fechar, considera o CDS que o 'assunto está arrumado': “É tempo de seguir em frente e de não permitir que os equívocos e mal-entendidos do passado nos comprometam o futuro. Não nos desviaremos do nosso objetivo”.
Recorde aqui a entrevista que o atual dirigente do CDS, Abel Matos Santos, deu ao Vozes ao Minuto, antes do 28.º Congresso do CDS.
