Montijo. Verdes contestam decisão da APA e deixam alerta
O partido ecologista Os Verdes contestou hoje a decisão favorável condicionada da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) sobre o projeto do novo aeroporto no Montijo e alerta para a localização ser a escolha de uma multinacional.
© Global Imagens
Política Montijo
"O Partido Ecologista Os Verdes contesta veementemente a decisão favorável condicionada, em sede de Declaração de Impacte Ambiental, relativamente ao projeto do novo aeroporto no Montijo, confirmada pela Agência Portuguesa do Ambiente", refere um comunicado hoje divulgado.
A APA viabilizou na terça-feira a construção do novo aeroporto no Montijo, estimando 15 a 20 milhões de euros para a adoção de medidas de mitigação do ruído, um dos impactos ambientais que mais tem preocupado a população e associações ambientalistas.
Para Os Verdes, "esta decisão não é uma surpresa, já que os factos são há muito tempo conhecidos e o que aconteceu em todo este processo de avaliação foi acomodar, do ponto de vista ambiental, uma decisão que já estava aparentemente assumida".
O partido alerta que "Portugal corre o risco de vir a ser o único país do mundo com um aeroporto cuja localização é escolhida por uma multinacional", considerando "inadmissível que uma infraestrutura com a dimensão e importância de um aeroporto esteja sujeita apenas aos interesses de uma empresa privada como é a ANA/Vinci".
Contestando o facto de o Governo, liderado pelo socialista António Costa, não feito uma Avaliação Ambiental Estratégica que permitisse avaliar várias alternativas, Os Verdes dizem que não vão baixar os braços e vão continuar a exigir "não só a presença do interesse público nas decisões que digam respeito aos portugueses e, sobretudo, naquelas que são fundamentais para o desenvolvimento do país, como também continuam a exigir o respeito pela Lei".
Na decisão, a APA impôs que sejam cumpridas medidas - relacionadas com a avifauna, ruído, mobilidade e alterações climáticas -- para "minimizar e compensar os impactes ambientais negativos do projeto, as quais serão detalhadas na fase de projeto de execução".
A resolução está a ser fortemente contestada por diversos municípios da região de Setúbal e também por várias associações de defesa do ambiente, que prometem recorrer a todos os meios legais para impedir a concretização da obra.
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