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PSD. "Militantes votarão naquele que pensam ser o melhor candidato a PM"

Manuela Ferreira Leite comentou esta quarta-feira, na TVI24, as eleições internas do PSD, tecendo também algumas considerações sobre a colagem do PSD à Direita, que acredita ser um erro.

PSD. "Militantes votarão naquele que pensam ser o melhor candidato a PM"

Manuela Ferreira Leite acredita que, independentemente do resultado, o candidato social-democrata que sair vencedor no próximo sábado, na 2.ª volta das eleições internas do partido, será aquele que os militantes decidiram ser o melhor candidato a futuro primeiro-ministro.

A antiga ministra das Finanças disse, no seu espaço habitual de opinião da TVI24, que o candidato que ganha "liderança no principal partido da oposição" responderá a essa expetativa. "Os militantes votarão sempre naquele que pensam que será o melhor candidato a primeiro-ministro", ou seja, o candidato que "tem mais potencialidade para vencer o líder do Partido Socialista".

Recorde-se que Rui Rio venceu as eleições diretas do último sábado com 49,44% dos votos expressos, mas não conseguiu a maioria absoluta, pelo que terá que disputar uma segunda volta com Luís Montenegro, que obteve 41,26% dos votos. 

Questionada sobre qual acredita ser o melhor candidato, Manuela Ferreira Leite respondeu Rui Rio. "O percurso político, profissional e o conhecimento que o país tem de Rui Rio é superior e é diferente do que o que o país tem de Luís Montenegro", indicou, acrescentando que o atual presidente do PSD "está com um posicionamento ao Centro e tem dito isso várias vezes", ao passo que o antigo líder parlamentar "tem um discurso e uma defesa de determinado tipo de atuações que mantêm o PSD muito numa área protagonizada, na altura, por Pedro Passos Coelho".

"Do ponto de vista eleitoral, independentemente destes dois posicionamentos, é muito cedo para se pensar que as pessoas se esqueceram do que sofreram no período da troika", completou.

"PSD é um partido de Centro ou de Centro-direita, mas nunca um partido de Direita"

A antiga líder social-democrata debruçou-se ainda sobre a questão do espectro político, manifestando repúdio pela colagem do PSD à Direita, um posicionamento que aconteceu, "por um lado, obrigado pelas circunstâncias, por outro, por convição", num "conjunto de comportamentos e medidas tomados, [quando] aliados a um partido à nossa Direita".

Esse facto, explicou Ferreira Leite, fez com que o PSD fosse "rotulado" e isso "nunca foi negado". "Sempre me manifestei contra esse facto", indicou. "O PSD é um partido de Centro ou de Centro-direita, mas nunca um partido de Direita, porque um partido de Direita tem uma conotação que acho que não cabe nos princípios, nos valores e nas conotações" sociais-democratas, acrescentou.

Desafiada a explicar, elencou questões como "igualdade de oportunidades", "consideração pelo indivíduo", em especial jovens e reformados. "Houve alguns aspetos a que colaram o rótulo de Direita, que na altura lhe assentava, infelizmente".

No entender de Ferreira Leite, o PSD deve "retomar a sua matriz original", por forma a definir o seu espaço. O Centro, disse, "não está a ser completamente ocupado pelo PSD porque as circunstâncias, as mensagens, os protagonistas, o que quer que seja, ainda não conseguiram alterar" a percepção que existe do partido. "Não é fácil, do ponto de vista social, alterar-se repentinamente".

Esta questão de posicionamento tem importância porque, "nos últimos anos, o PS partilhava uma parte do Centro com o PSD" e, "no fundo", esse espaço "corresponde àquele universo em que estão a maioria dos portugueses", ainda que vão "oscilando" de partido, "conforme as circunstâncias, ciclos económicos, líderes partidários, etc".

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