Joacine e a direção do Livre são os 'protagonistas' de um 'enredo' político que tem marcado a atualidade nacional. As alegadas divergências tiveram, inclusive, de ser remetidas para o Conselho de Jurisdição do partido, que terá a responsabilidade de dirimir o 'conflito' interno. Nas redes sociais, aqui e ali, sobretudo à Direita, vai-se reagindo à polémica.

Hélder Amaral, na sua página oficial de Facebook, mostrou-se "curioso" para "ver o que se escreve e diz" esta quarta-feira "sobre a deputada de um partido da esquerda radical de nome livre". O ex-deputado centrista aproveitou a oportunidade para recordar que, ontem, o gabinete da deputada única do Livre chamou um segurança para a acompanhar devido à presença de jornalistas no Parlamento. "Na casa da democracia, a deputada pede a um segurança que a “livre” de jornalistas (mesmo que amigos)!!! Um novo conceito de liberdade..."

Também Carlos Abreu Amorim comentou a situação no Facebook, vincando que "há muitos dramas pessoais e sociais que a exposição política propicia. Um dos clássicos é o dos protagonistas que se levam demasiado a sério". Pede o social-democrata que se imagine "que este pedido de um segurança para enfrentar os jornalistas era feito por alguém de um partido não-socialista...", deixando a questão no ar.

Francisco Mendes da Silva, por sua vez, ironizou o facto de o Livre ter deixado passar o prazo para agendar a Lei da Nacionalidade. "O assessor responsável passou demasiado tempo a escolher a indumentária com que no último dia do prazo iria épater la bourgeoisie", escreveu.

Recorde-se, relativamente à polémica que está em cima da mesa, a “falta de comunicação” entre Joacine e a direção do partido começou quando esta se absteve no momento de condenar Israel pela nova agressão a Gaza. Perante a situação, o Livre veio a público, através de comunicado, manifestar “a sua preocupação com o sentido de voto da deputada Joacine Katar-Moreira, em contrassenso com o programa eleitoral do Livre e com o historial de posicionamento do partido nestas matérias”.

Ora, Joacine não se deixou ficar e reagiu às declarações do partido: “Assumo total responsabilidade pelo voto e devo dizer que, apesar de a abstenção não constituir um voto a favor ou um voto contra, ela não representou aquilo que tem sido desde sempre a minha posição pública sobre esta temática. Votei contra a direção de mim mesma”.

O caso segue agora para o Conselho de Jurisdição, mas entretanto, ao Notícias ao Minuto, a deputada enfatizou que não é "descartável" e que tem intenções de "continuar" no partido. Por sua vez, Rui Tavares absteve-se de comentar estas declarações.

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