O antigo líder socialista, Manuel Alegre, reiterou em comentário na ‘Edição da Note’ da SIC Notícias, a sua posição face ao Governo português. Um Governo “que toma medidas mais ‘troikistas’ do que a toika”, um Governo que está a desmantelar o Estado Social e um Governo que “fica sempre insensível às manifestações e greves”.
“Pode vir um milhão de pessoas à rua, que ele [Governo] está-se nas tintas”, afirmou o ex-candidato presidencial, alertando que “isto é inadmissível” e “as soluções que poderão não ser pacíficas”, já que “a democracia está a ser gravemente afectada”.
Manuel Alegre vai mais longe, considerando que “não podemos manter a ilusão de que a Europa tem um funcionamento democrático”, uma vez que a “receita da troika está a empobrecer os países do sul”.
Em relação às declarações dadas por Mário Soares em entrevista à TVI24, o político português mostrou a sua concordância e reiterou que “são necessárias eleições antecipadas”. “Com outro Presidente [da República] não teríamos a crise de regime que estamos a ter e qualquer um já teria resolvido isto convocando eleições. É bom que o Presidente não se demita das suas funções ”, disse Manuel Alegre.
Sobre a conferência que decorrerá amanhã na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, o promotor e membro do Conselho de Estado salientou a presença de personalidades ligadas ao serviço militar, como os generais Pinto Ramalho e Lemos Ferreira.
“O Governo, assim como atinge funcionários públicos, está a atingir órgãos que desempenham funções de soberania fundamentais, como as Forças Armadas. Nunca ninguém desrespeitou tanto as Forças Armadas como este Governo está a fazer”, concluiu.