Numa carta aberta publicada, esta sexta-feira, no jornal Expresso, um grupo de adeptos benfiquistas acusou André Ventura de “usar o Benfica para criar uma persona política”, ressalvando ainda que “é ainda mais grave porque o Chega é um partido de extrema-direita abertamente anti-sistema e xenófobo, isto é, um partido que é a negação da identidade do Benfica”.
Em reação ao Notícias ao Minuto, o deputado disse “respeitar totalmente a liberdade dos adeptos” e saudou o facto de a “direção se ter demarcado de misturar política com futebol”.
E nesta senda lembrou que é, “de facto, comentador televisivo, como muitos outros políticos da nossa praça”, mas salientou uma “diferença”: “Eu já era comentador em várias áreas antes de ser político”, refutando, assim, a acusação de utilizar a instituição Sport Lisboa e Benfica como instrumento político.
“Eu nunca usei o futebol durante as campanhas que fiz, nem nunca usei o Benfica para nada que tivesse a ver com o Chega. Nem o presidente, nem outros dirigentes – que eu pudesse conhecer – estiveram alguma vez presentes na minha campanha”, asseverou, lamentando que tudo não passe de uma “tentativa de perseguição reiterada”.
“Estas pessoas, que se dizem tão amantes da liberdade e da racionalidade, estão a tentar passar um atestado de estupidez ao povo e, ao contrário do que eles pensam, os benfiquistas não são estúpidos, sabem distinguir as paixões clubísticas das partidárias”, rematou.