Costa felicita PSD mas salienta "resultado histórico" do PS
O secretário-geral do PS felicitou hoje o PSD pela vitória nas eleições regionais da Madeira, mas salientou que os socialistas obtiveram "um resultado histórico, o melhor de sempre", ficando a cinco mil votos do triunfo.
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Política Madeira
António Costa assumiu esta posição após serem conhecidos os resultados das eleições regionais da Madeira, que o PSD venceu sem maioria absoluta (39,42%), embora com a possibilidade de formar Governo com o CDS, enquanto o PS teve 35,76%.
"Já tive a oportunidade de felicitar o presidente do PSD, Rui Rio, e o presidente do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, mas o resultado mais significativo foi o do PS. O PS obteve um resultado histórico, o melhor de sempre, com uma notável recuperação face há quatro anos", sustentou o secretário-geral do PS.
Neste ponto, António Costa salientou que, dos 11% alcançados pelos socialistas madeirenses em 2015, passaram a agora para uma situação em que não foram a força política mais votada "por cinco mil votos".
"O melhor resultado do PS tinha sido 27% e, praticamente, quadruplicámos o número de votos face às anteriores eleições. Por isso, quero saudar o líder do PS/Madeira, Emanuel Câmara, e Paulo Cafôfo que nos honrou e encabeçando a lista do PS para presidente do Governo Regional. Estou certo com o PS/Madeira e com Paulo Cafôfo para continuar a construir uma alternativa na Região Autónoma", disse.
Perante os jornalistas, o líder socialista recusou-se a comentar cenários de um possível entendimento do PS com o CDS e com o Junto Pelo Povo (JPP) na Madeira, alegando tratar-se de uma questão em que os socialistas madeirenses têm autonomia política.
"Respeito totalmente a autonomia regional e a autonomia do PS/Madeira quanto à sua ação política. Portanto, em relação a questões que digam respeito à construção de soluções governativas regionais, essa é uma matéria do PS/Madeira sobre a qual nada tenho a pronunciar-me", justificou.
Questionado sobre o possível efeito destas regionais nas eleições legislativas de 06 de outubro próximo, o líder socialista não foi muito longe em leituras políticas, argumentando que "cada eleição é uma eleição".
"Ainda há quatro meses houve eleições europeias e também os resultados foram distintos destes resultados. Daqui a 15 dias veremos quais serão os resultados para a Assembleia da República", declarou.
Na conferência de imprensa, o secretário-geral do PS congratulou-se com a redução da abstenção verifica nestas eleições, dizendo que o ato eleitoral se traduziu "numa grande manifestação da autonomia regional".
Compromissos são para cumprir
O secretário-geral do PS afirmou ainda que manterá "todos os compromissos" que assumiu com a Madeira, desde a redução dos juros da dívida desta região autónoma à República, até ao novo Hospital do Funchal.
"Quero reafirmar os compromissos do PS com os madeirenses e porto-santenses, que, como sempre dissemos, seriam independentes da solução governativa que venha a ser encontrada", declarou o líder socialista.
António Costa começou por destacar os "compromissos de assegurar o princípio da continuidade territorial" e, no plano financeiro, "de fazer repercutir nos juros da dívida da Madeira à República a forte redução dos juros da dívida da República em relação ao exterior".
Perante os jornalistas, o secretário-geral do PS afirmou ser sua intenção "continuar a apoiar projetos de interesse comum, como seja o novo Hospital do Funchal".
"Assumimos o compromisso de continuar a trabalhar solidariamente com as instituições da região para defender os seus interesses no quadro da negociação do próximo Quadro Comunitário de Apoio e para defender os interesses da região em Bruxelas em assuntos que se encontram em aberto. Vamos trabalhar em conjunto com as regiões autónomas da Madeira e dos Açores para o desenvolvimento da autonomia regional no interesse comum das regiões e da República, ou seja, de Portugal", acrescentou.
António Costa falava após a divulgação dos resultados das eleições regionais da Madeira, que o PSD venceu sem maioria absoluta (39,42%), embora com a possibilidade de formar Governo com o CDS, enquanto o PS teve 35,76%.
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