"O que está em causa é o futuro da autonomia da região e o seu desenvolvimento integral", disse Miguel Albuquerque no último comício da campanha eleitoral que teve lugar no Funchal, na Praça do Povo, construída com o entulho da aluvião de 20 de fevereiro de 2010.
No comício, Miguel Albuquerque contou com o apoio e intervenção do presidente honorário do partido, Alberto João Jardim, que também aplaudiu a palavra de ordem "nós só queremos Miguel a presidente [do Governo Regional]".
O candidato salientou que a região está "em mais uma jornada histórica de luta pela defesa da Madeira, da liberdade dos madeirenses e porto-santenses, da autonomia e do desenvolvimento" do arquipélago.
Perante algumas centenas de pessoas que se concentraram na praça, Miguel Albuquerque argumentou que a Madeira está também "perante uma ofensiva do centralismo, liderada mais uma vez pelo PS a partir de Lisboa" e sustentou que "os madeirenses têm lucidez para desmascararem o embuste e o foguetório do PS na Madeira", porque o povo deste arquipélago "quer garantir a liberdade de continuar a decidir o seu futuro coletivo".
Recordando a luta as últimas duas gerações para conquistarem a autonomia, apontou que "o povo madeirense acredita só nas instituições autonómicas" e "não quer ser mandado como no passado".
"O povo madeirense sabe o que quer, António Costa sofrerá a segunda derrota na Madeira, no próximo domingo", declarou o ainda presidente do governo madeirense, adiantando que "há meses os socialistas pensavam que ia ser um passeio" estas eleições e que os madeirenses "iam entregar a Madeira ao poder colonial lisboeta sem luta".
"O que seria de nós [madeirenses] se voltássemos para a bandalhice de 1974 e 1975, o que sofremos na carne muitos de nós, o que é o totalitarismo comunista e o que é violência comunista?", questionou.
Miguel Albuquerque considerou ser "inimaginável" o que seria a Madeira entregue "a uma coligação negativa de comunistas, extremistas para dar cabo da economia", que acabaria por "rebentar a receita fiscal" do arquipélago.
"É fundamental lutar até ao último dia" de campanha eleitoral, enfatizou Miguel Albuquerque
O cabeça de lista social-democrata reforçou ser "necessário" que o PSD tenha "uma votação expressiva para não depender de ninguém, não ter uma coligação negativa e formar governo com estabilidade e tranquilidade para o futuro".
"Independentemente do que se possa passar, ando na rua e ninguém me acusa de não ter cumprido os meus compromissos com a população da Madeira", concluiu.
As eleições regionais legislativas da Madeira, onde os sociais-democratas governam com maioria absoluta, decorrem no domingo, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional: PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR.