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Com uma greve “esgotada”, ainda não houve negociação “por garotice"

Na opinião de Francisco Louçã o país viveu, nos últimos dias, “normalmente”.

Com uma greve “esgotada”, ainda não houve negociação “por garotice"

Francisco Louçã começou o comentário semanal desta sexta-feira na SIC Notícias por dizer que a greve dos motoristas, que afetou Portugal nos últimos cinco dias, “está bastante esgotada” e ainda não terminou apenas por “uma crispação que por vezes até parece um pouco infantil”.

“Há cada vez menos grevistas” participantes na greve, recorda o bloquista, e o “abastecimento de combustível é quase normal no país inteiro”.

Neste momento estão reunidos o sindicato com o ministro das Infraestruturas à espera de que comece uma reunião com a ANTRAM para poder suspender a greve, mas a ANTRAM não começa a reunião se não for suspensa a greve que tem como condição começar a reunião. Isto é um pouco garotice, não tem nenhum sentido”, aponta.

Contudo, para Francisco Louçã, o facto de surgir “uma pessoa um pouco fora da polarização Almeida da ANTRAM e Pardal Henriques do sindicato dos motoristas é um sinal de procurar alguma alternativa”, afirma referindo-se a Bruno Fialho, nomeado mediador para ajudar à negociação entre motoristas e patrões.

Ainda sobre este assunto, o fundador do Bloco de Esquerda, apontou o dedo ao Executivo. Para Louçã, “este processo negocial poderia e deveria ter sido aberto há mais tempo com a ajuda do Governo. O Governo agiu da pior forma do ponto de vista desta greve”.

Francisco Louçã critica assim as medidas que o Governo de António Costa adotou durante a greve, acusando-o de restringir de “forma muito violenta” o direito à greve e de dar a “mão às empresas”, acelerando assim o processo de confrontação entre as duas partes interessadas.

“Ao utilizar estes instrumentos [serviços mínimos, utilização de militares e requisição civil] o Governo acelerou o processo de confrontação. Um erro. Um problema de estratégia mais eleitoral e política do que propriamente para um processo de distribuição que não precisava deste tipo de recursos. Isso foi grande conforto para a ANTRAM, sentiu que podia fazer o que quisesse”, concluiu.

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