"Numa democracia a sério não existiriam concentrações neonazis"
Uma conferência organizada pelo movimento liderado por Mário Machado está a dar que falar e até já levou à criação de uma petição a pedir a proibição da mesma.
© Global Imagens
Política André Ventura
O grupo de extrema-direita Nova Ordem Social organizou uma conferência com vários elementos neonazis que se vai realizar no próximo sábado, em Lisboa.
Em resposta, a Frente Unitária Antifascista lançou um manifesto já subscrito por 65 organizações antifascistas – 28 portuguesas e 37 estrangeiras – e uma petição online ‘Contra a Conferência Neonazi do dia 10 de agosto em Lisboa’ que já conta com quase sete mil assinaturas.
Muitas vezes acusado de pertencer à extrema-direita, André Ventura mostrou-se “contra a realização deste género de conferências” e defendeu a necessidade de se falar abertamente sobre estes temas, pois “ilegalizar, reprimir ou ignorar” só dá mais força a este tipo de movimentos.
“Numa democracia a sério estas manifestações e concentrações neonazis não existiam, nem sequer tinham força”, garante o líder do partido Chega quando questionado a este respeito pelo Notícias ao Minuto.
O “erro crasso”, refere André Ventura, é que a “maioria dos governos europeus estão acantonados no politicamente correto” o que, teme, “há-de destruir a Europa”.
“É importante explicar, desmistificar ideias feitas e demonstrar que em democracia toda a violência ou a sua apologia são desnecessárias, cruéis e primárias” até porque, lembra, a “História demonstra que para o mal vencer, basta que as pessoas e as instituições de bem nada façam”.
Por isso, o presidente do Chega é apologista da discussão dos temas, em especial dos que “fogem ao domínio de conceitos politicamente corretos”.
A propósito da conferência organizada por Mário Machado, o PCP já reagiu garantindo que "repudia a realização de uma denominada conferência nacionalista, anunciada para o próximo dia 10 de agosto. A realização de tal evento, no ano em que se comemoram os 45 anos da Revolução de Abril, é uma ofensa aos que durante décadas se bateram pela liberdade e a democracia".
Quem também se pronunciou foi o Bloco de Esquerda, "repudiando" não só a iniciativa como defendendo que a sua "realização deve ser impedida pelas autoridades portuguesas".
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