CDS quer travessia do Tejo aberto à concorrência dos privados

O CDS-PP vai propôr, no seu programa eleitoral às legislativas, a abertura à concorrência dos privados da travessia do Tejo, em que os passes sociais podem vigorar, admitindo ainda empresas de táxis fluviais.

Aprovado plano de renovação da frota da Transtejo com dez novos barcos

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Lusa
19/07/2019 00:07 ‧ 19/07/2019 por Lusa

Política

CDS-PP

 

Esta é a sétima medida do programa eleitoral a ser anunciada pelo CDS, que promete divulgar, nos próximos meses, uma proposta com regularidade semanal ou de dez em dez dias e já tinha sido antecipada pela líder do partido, Assunção Cristas, numa entrevista à TVI na segunda-feira à noite.

Na proposta dos centristas, sete páginas A4 a que a Lusa teve acesso, misturam-se as justificações técnica e jurídicas com críticas à forma como o serviço da travessia fluvial tem sido feita nos últimos meses, com greves e queixas dos utilizadores.

A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por fazer a ligação entre o Barreiro e Lisboa, sendo ambas geridas pelo mesmo conselho de administração.

No documento, são criticadas as "intenções anunciadas" pelas empresas públicas de novas aquisições que, para o partido liderado por Assunção Cristas, servirá "apenas para substituir parte da frota envelhecida e não para melhorar o serviço", concluindo que, face aos prazos conhecidos, "nem em 2025" haverá navios.

O CDS-PP diz querer "abrir o mercado à concorrência e a privados" e argumenta que a entrada de outros operadores, além da Transtejo e da Soflusa, não impede, à partida, a utilização dos passes sociais, e recusa que seja feito qualquer tipo de privatização.

No texto, em forma de pergunta e resposta, o partido questiona se as empresas privadas "vão poder aceitar os passes sociais" e responde: "Os passes sociais são das pessoas, não das empresas. (...) Nada impede que operador adira ao modelo de passes, se assim o entender."

E os táxis fluviais são, para o CDS, uma hipótese, dado que os privados "podem apresentar modelos alternativos e esse é claramente um deles" e que todos teriam a ganhar com a sua introdução.

A vantagem de ter privados em concorrência com empresas públicas é que "todas têm de competir para agradar aos passageiros" e "prestar um melhor serviço".

E dá o exemplo da TAP e da RTP, empresas públicas, que, nas suas áreas, hoje à concorrem com os privados.

Tanto a Transtejo como a Soflusa, segundo o CDS, "continuarão a cumprir as obrigações como até aqui, garantindo o serviço público a questão obrigados".

Esta é a sétima medida do programa eleitoral para as legislativas de outubro a ser divulgada pelo CDS.

A primeira foi propor que os privados e o setor social ajudem a reduzir listas de espera para primeira consulta de especialidade, a segunda um pacote de medidas para defender o contribuinte contra os abusos da Autoridade Tributária, a terceira o alargamento gradual da ADSE a todos e "eliminar discriminações flagrantes" entre o regime dos funcionários públicos e os trabalhadores do privado.

A quarta é uma adaptação da formação profissional às necessidades da economia, a quinta a criação de um mecanismo de acerto de contas que permita a uma empresa pagar impostos com dinheiro de uma fatura em dívida pelo Estado e a sexta é reduzir em 15% a taxa efetiva média do IRS até 2023.

 

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