Greve dos motoristas: "É difícil ser pior, é na semana de 15 de agosto"

Manuela Ferreira Leite relembra o Governo que este deve ter um plano para não deixar o país cair novamente no "caos", como aconteceu na Páscoa.

Novo imposto é "encapotado" com o ser um "problema de justiça social"

© Global Imagens

Natacha Nunes Costa
17/07/2019 23:12 ‧ 17/07/2019 por Natacha Nunes Costa

Política

Manuela Ferreira Leite

A antiga ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, comentou hoje, no seu espaço semanal de comentário político na TVI24,  o pré-aviso de greve entregue pelos motoristas de matérias perigosas, na segunda-feira.

A social-democrata recordou que a greve está agendada para dia 12 de agosto, uma das semanas mais movimentadas de Portugal, com muitos portugueses a aproveitarem para tirar férias junto ao feriado religioso de 15 de agosto, em que se assinala o Dia da Assunção da Virgem Maria.

"É difícil ser pior, é o fim de semana de 15 de agosto e, portanto, nesse aspeto, espera-se que [o Governo] preveja, com segurança, quais são os meios que devem ser utilizados e o que deve ser estabelecido de forma a que não haja prejuízo para o País", relembrou.

Apesar de admitir que esta é uma discussão "privada" entre a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e os sindicatos Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas e Independente dos Motoristas de Mercadorias e que "não se espera que o Governo tenha qualquer tipo de intervenção relativamente à substância da negociação", Manuela Ferreira Leite garantiu que o Governo tem de assegurar que o País não fica no "caos" que ficou no fim de semana da Páscoa, quando estes trabalhadores fizeram a primeira greve.

"Percebeu-se que este setor impõe problemas graves na economia em geral. Todo o funcionamento da economia do país e até a segurança são afetados e, essa sim, é já uma intervenção do Governo pois este não pode permitir que o País seja lançado num caos", explicou.

Isto é, perante uma segunda greve e depois de todos temos visto os problemas que a primeira causou, a ex-governante exige que o Governo tenha um plano delineado para o dia 12 de agosto.

"Uma coisa é certa, agora já não há surpresas. Nem por parte dos sindicatos dos trabalhadores, nem por parte do Governo. E ao não haver surpresas, espera-se que haja alguma coisa delineada no pensamento, especialmente, da parte do Governo, no sentido de evitar que o País caia novamente no caos. Não podendo intervir na substância da negociação, o Executivo sabe exatamente quais são os serviços mínimos que são necessários estabelecer e com que meios e fórmulas os deve fazer executar", concluiu Ferreira Leite.

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