Nuno Melo considera que a “candidata [Ursula Von der Leyen] partiu de consensos entre partidos” num processo que o eurodeputado condena “na medida em que resulta de uma certa imposição do conselho sobre prerrogativas que são do Parlamento Europeu”.
“Condeno o processo, em substância algumas das medidas propostas que resultam desse alargamento interpartidário”, disse o centrista aos jornalistas.
Nesta senda, Nuno Melo acrescentou ainda que “quanto ao processo ‘spitzenkandidat’ ou alguma coisa muda daqui a cinco anos ou o processo estará morto, porque aquele que é o contrato traçado com o eleitorado é impossível de cumprir a partir do momento em que aqui, no Parlamento Europeu, os partidos não cumprem com os seus compromissos e isso foi manifesto”.
Embora esta manhã tenha dito que ainda não sabia em que sentido iria votar, Nuno Melo acabou por votar a favor da eleição de Ursula Von der Leyen e explicou aos jornalistas porquê: “Votei a favor mas só depois de, no grupo parlamentar do PPE, ter dito que só o faria desde que ficasse claro que lutaria contra qualquer tentativa futura de imposição de uma Europa federalista, de um fim do direito de veto dos Estados – que considero fundamental – ou da imposição de listas transnacionais. Tendo isso ficado bem claro junto do PPE, decidi votar a favor porque trata-se de dar o meu contributo para um equilíbrio institucional europeu”.