"É o mínimo que o CDS pode fazer pelo máximo que o Pedro Mota Soares deu ao partido", justificou, em declarações à Lusa, o presidente da bancada centrista, Nuno Magalhães, lembrando o seu percurso como deputado, líder parlamentar, ministro da Solidariedade, secretário-geral do partido e presidente da Juventude Popular.
Pedro Mota Soares, 45 anos, advogado e assistente universitário, não foi eleito eurodeputado na lista do CDS para as europeias de maio e, devido a uma regra interna da liderança de Assunção, também não entrou nas listas de candidatos a deputados nas legislativas de outubro, pelo que sai da Assembleia da República no final da legislatura.
Para terça-feira, estão previstas declarações políticas dos partidos, tendo o CDS prescindido do seu tempo a favor do antigo ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social no anterior Governo que fará a intervenção a título pessoal que cada deputado tem direito a fazer a cada quatro anos.
Mota Soares será, assim, o primeiro a fazer a sua intervenção estando previstos discursos de outros deputados.
Nuno Magalhães afirmou à Lusa que, com esta atitude, "o CDS valoriza os seus quadros", na expetativa de que, além do que fez para o CDS, Luís Pedro Mota Soares deixe as suas "ideias para o futuro".