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Bloco com "nota de tranquilidade" após reunião com Transtejo/Soflusa

A deputada do Bloco de Esquerda (BE) Joana Mortágua saiu hoje de uma reunião com a administração da Transtejo/Soflusa com uma "nota de tranquilidade", depois de ter recebido a garantia de que estão a ser preparados planos de contingência.

Bloco com "nota de tranquilidade" após reunião com Transtejo/Soflusa
Notícias ao Minuto

13:48 - 21/05/19 por Lusa

Política Joana Mortágua

"A nota que nos foi dada relativamente às urgências e aos problemas ocasionais foi uma nota de tranquilidade. Estão a ser preparados planos de contingência", avançou à Lusa Joana Mortágua à saída da reunião com a administradora da empresa.

Segundo a deputada, os planos de contingência têm a ver com a situação ocorrida no dia 10 de maio, quando alguns utentes tiveram de passar a noite no cais devido à falta de barcos de Lisboa para o Barreiro.

Joana Mortágua avançou que a administração da empresa já está a pensar em medidas para colocar em prática caso a situação se volte a repetir, não especificando, no entanto, quais os planos.

De acordo com a deputada, a médio prazo, a situação da Transtejo e da Soflusa vai "estar num ponto de pré-rotura" porque a empresa necessita de "um investimento que o Orçamento do Estado ainda não está a permitir fazer".

Uma comitiva do BE, composta ainda pelos deputados municipais do Barreiro, Francisco Alves, e de Setúbal, Vítor Rosa, pediu uma reunião com caráter de urgência com a administração da Transtejo/Soflusa de forma a analisar as falhas verificadas nas carreiras fluviais, situações que dizem afetar a população dos concelhos ribeirinhos da margem sul.

Em 14 de maio, a Soflusa anunciou não conseguir prever quando iria repor as ligações fluviais entre o Barreiro e Lisboa, que começaram a ser suprimidas desde 10 de maio devido à falta de mestres.

Os mestres da Soflusa estão em greve às horas extraordinárias, depois do pré-aviso de greve do Sindicato dos Transportes Fluviais Costeiros e da Marinha Mercante, um protesto que se vai prolongar até 31 de dezembro.

Joana Mortágua frisou que os problemas que a empresa enfrenta "não são de hoje", recordando que, quando a atual administração tomou posse, "metade da frota estava inoperacional" e "não eram publicados relatórios de contas desde 2009".

"Embora haja um esforço da administração evidente, e que já não haja um objetivo de privatização e degradação da mesma, o nível de investimento para recuperar aquilo que foi o buraco financeiro do Governo anterior não está a ser feito", lamentou a deputada do BE.

Segundo Joana Mortágua, os problemas que as duas empresas enfrentam são diferentes: "a Transtejo tem uma frota muito envelhecida", enquanto a Soflusa "com uma frota mais recente, mas com problemas de recursos humanos", uma vez que faltam oito mestres para que o serviço "funcione normalmente".

"Foi-nos dito que será aberto concurso para progressão de carreira para mestres com quatro vagas abertas. Fica longe das oito necessárias, mas foi-nos dito que isso faz parte do ritmo normal das progressões e dentro de algumas semanas está resolvida a questão que permite devolver a normalidade", disse Joana Mortágua.

Em 15 de maio, o secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, na reunião que teve com o Sindicato da Martinha Mercante, afeto à Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), anunciou a contratação de seis marinheiros.

"Na reunião, o que nos foi dito é que existe já um concurso interno para passar quatro marinheiros a mestres e que foi aberto um concurso para a contratação de seis marinheiros. Consideramos que é insuficiente para enfrentar as necessidades", disse o sindicalista Frederico Pereira.

A Soflusa é responsável por fazer a ligação entre o Barreiro e Lisboa, enquanto a Transtejo, que faz parte do mesmo grupo, assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão e Lisboa.

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