"Mal seria que no dia 23 [de maio] voltássemos a ter a pouca vergonha que foi há umas semanas" na anterior greve de, "de repente, sem ninguém estar à espera, o país ver-se bloqueado", afirmou aos jornalistas, horas depois de ter sido anunciado o acordo, com a mediação do Governo, entre a ANTRAM e o sindicato dos condutores de matérias perigosas.
"Mal seria" que o Governo "não tivesse ajudado a tratar" do problema, afirmou Cristas que, nas últimas semanas, criticou, por várias vezes, o executivo socialista pela condução deste dossier.
O Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) desconvocou hoje a greve marcada para dia 23 e anunciou "um acordo histórico", após uma reunião com o Governo e com a associação patronal ANTRAM.
"Conseguimos fechar um acordo histórico, tanto a nível financeiro como não financeiro, com grande reconhecimento da carreira profissional", disse à Lusa o vice-presidente da SNMMP, Pedro Pardal Henriques, no final da reunião que decorreu no Ministério das Infraestruturas, em Lisboa.
"Por essa razão, é desconvocada a greve que estava prevista para dia 23", adiantou o dirigente do sindicato.
A reunião foi convocada a meio da tarde de quinta-feira e o encontro contou a presença do ministro, Pedro Nuno Santos, e com representantes da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), com o acordo a ser alcançado já esta madrugada.
Pardal Henriques explicou à Lusa que o acordo inclui as reivindicações ao nível da progressão salarial e a proibição da circulação de matérias perigosas aos domingos e feriados.