Foi chumbado esta sexta-feira o diploma que previa a recuperação total do tempo de serviço dos professores entretanto congelado. E "agora que caiu o pano", Rui Rio categorizou a crise que se instalou no Governo, e que marcou a atualidade nacional nos últimos dias, de "farsa, um golpe de teatro que põem a nu este défice de sentido de Estado".
"Um primeiro-ministro", acredita o líder social-democrata, "tem de ser um estadista e o garante da estabilidade e não da instabilidade, principalmente quando gera essa instabilidade por razões de natureza partidária". E, no entendimento de Rui Rio, a verdadeira intenção de Costa "foi perturbar a campanha para as europeias que lhe estava a correr mal. O PS pôs os seus interesses à frente dos do país. O lema do PS é primeiro a família, depois o PS, e depois Portugal".
E o que Costa considerou um "resultado clarificador. Uma vitória da responsabilidade", Rio apelidou de "derrota da responsabilidade e uma machadada da credibilidade da política e de muitos comentadores que tudo fizeram para confundir os portugueses".
Já relativamente ao sentido do PSD na votação que teve lugar na Assembleia da República esta manhã, Rio lançou uma questão aos presentes na conferência de imprensa: "Qual é a votação que na comissão parlamentar o PSD teve que foi diferente da que teve hoje?".
Para o líder laranja, "não há nenhuma diferença". Aliás, considerou ainda, "os portugueses foram intoxicados e estou convencido que os portugueses pensam que assim foi, mas não. Os votos são exatamente iguais".