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"Sá Carneiro não era o santo que quiseram fazer dele"

O "mito Sá Carneiro" é criticado por Alfredo Barroso que comenta, assim, as declarações do atual líder do Partido Social-Democrata.

"Sá Carneiro não era o santo que quiseram fazer dele"
Notícias ao Minuto

08:40 - 08/05/19 por Patrícia Martins Carvalho

Política Alfredo Barroso

Rui Rio defendeu, na sequência da crise política que surgiu no final da semana passada, que "Sá Carneiro era um homem de Estado" e que, por isso, não faria a ameaça de se demitir, como fez António Costa na última sexta-feira.

"Não estou a ver o dr. Sá Carneiro a ensaiar um golpe de teatro e a demitir-se de primeiro-ministro porque lhe dá jeito para encenar uma tática partidária", afirmou o líder social-democrata.

Perante estas declarações, Alfredo Barroso pronunciou-se sobre o tema e, apesar de admitir que Sá Carneiro "tinha carisma", o ex-socialista também garantiu que o antigo líder do PSD era "tão ‘fujão’ e tão ‘demagogo’ como os piores".

"É duro dizer isto, mas Sá Carneiro não era o ‘santo’ que quiseram fazer dele. E esta é que é a verdade verdadinha", escreveu numa publicação feita na sua página de Facebook.

Esta posição é baseada no que aconteceu no início do ‘Verão Quente’ de 1975, durante o qual, afirmou Alfredo Barroso, Sá Carneiro "fez várias vezes, caprichosamente, cenas de chantagem contra o seu próprio partido, ao ponto de o abandonar, de lhe virar as costas".

"Se isto era ‘firmeza’ e ‘sentido de Estado’ vou ali e já venho", atirou, acrescentando que o já falecido social-democrata "legou uma ‘pesada herança’ àquele que o sucedeu à frente do PPD-PSD e do novo Governo da AD, após a sua morte trágica".

Esta "herança", explicou, foi uma consequência da "política económica e financeira que impôs (ao que parece ao arrepio da vontade do seu ministro das Finanças, Cavaco Silva) com o propósito claro de ganhar, ainda por mais votos, as eleições legislativas de 1979".

Por isso, considera Alfredo Barroso, ao mencionar Francisco Sá Carneiro, Rui Rio "fez um dos discursos políticos mais patéticos dos últimos tempos ao invocar a ‘firmeza’ e o ‘sentido de Estado’ de Francisco Sá Carneiro, para o comparar com António Costa".

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