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CDU: Câmara tem que assumir quota de responsabilidade na queda de grua

A CDU defendeu hoje que a Câmara do Porto não pode demitir-se do que se passa no seu território, mesmo que não tenha responsabilidade direta como no caso da queda da grua na Rua da Corticeira.

CDU: Câmara tem que assumir quota de responsabilidade na queda de grua
Notícias ao Minuto

15:13 - 22/04/19 por Lusa

Política Porto

"A câmara naturalmente não pode demitir-se daquilo que se passa no seu território, mesmo que não tenha essa responsabilidade direta", afirmou a vereadora da CDU na Câmara do Porto, Ilda Figueiredo.

Após a queda de uma grua ter provocado, no sábado, três desalojados e danos materiais em nove casas, a Câmara Municipal do Porto ordenou a suspensão das licenças para instalação de gruas no espaço público, uma medida que surge depois de o presidente da autarquia, Rui Moreira, ter prometido uma investigação às gruas instaladas na cidade.

À data, o autarca afirmava ainda que ia pedir ao Governo alteração das regras das licenças destes equipamentos.

Sem querer responsabilizar a autarquia por aquilo que aconteceu na rua da Corticeira, a vereadora, que falava aos jornalistas no final de uma conferência de imprensa sobre a gestão municipal, considera, contudo, que a câmara não pode alhear-se do problema, devendo tomar as medidas adequadas para evitar situações como esta, "nem que seja exigir outras medidas do governo".

Para além disso, aponta, o município "também tem serviços que podem e devem acompanhar estes processos de construção" com implicações públicas, como foi o caso.

"Não quero responsabilizar a câmara por aquilo que aconteceu diretamente, mas quero dizer que a câmara tem que ter uma maior capacidade de resposta a estes problemas. Seja neste caso, seja noutros. O autarca não pode alhear-se da situação existente no seu território", reiterou sublinhando que o principal responsável deste acidente é a empresa que certifica as gruas.

Esta é a segunda vez no espaço de cerca de dois meses que uma grua cai em cima de casas na cidade do Porto.

A 10 de fevereiro passado, a Lusa noticiava a queda de uma grua de grande porte na Rua da Torrinha, no Porto, que destruiu parte do telhado de uma habitação onde residiam duas estudantes, que tiveram de ser realojadas.

O Sindicato de Construção de Portugal anunciou hoje que quer fiscalizar todas as gruas a operar no país, pelo que, para o efeito vai pedir uma reunião com caráter de urgência à Associação Nacional de Municípios Portugueses.

"Vamos pedir uma reunião ao presidente da Associação Nacional de Municípios, mas também terá que haver uma intervenção da comissão quadripartida", disse o sindicalista para quem o "desafio é que em todo o país, começando no Porto, durante 15 dias se fiscalizem todas as gruas".

A comissão quadripartida a que aludiu o dirigente sindical foi exigida pelo sindicato em fevereiro, numa parceria que integra a Câmara do Porto, associação patronal e Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) para prevenir acidentes mortais no setor, mas que ainda não avançou.

Na origem do acidente nas Fontainhas, segundo o sindicalista, a par de as "cavilhas [que ligavam a sapata à torre] terem saltado", esteve o facto de se tratar de "uma sapata obsoleta numa grua que há muitos anos deveria estar na Siderurgia Nacional".

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