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PAN quer saber quantos coelhos bravos (e não só) vivem no país

Partido defende que estado das populações de espécies cinegéticas deveria ser aferido anualmente, ao invés de ser em três em três anos.

PAN quer saber quantos coelhos bravos (e não só) vivem no país
Notícias ao Minuto

10:38 - 19/02/19 por Melissa Lopes

Política Iniciativa

O PAN – Pessoas, Animais e Natureza quer saber quantos coelhos bravos, rolas e outros animais sujeitos a exploração cinegética, há no território português, tendo recomendado ao Governo que assegure a realização de censos e monitorização dessas espécie.

De acordo com o partido, em Portugal não existe qualquer monitorização de espécies sujeitas a exploração cinegética o que traduz "a total ausência de informação no que diz respeito à abundância, demografia e tendências populacionais".

A única informação que existe, nota o PAN, é a relativa ao número de animais mortos, a qual é comunicada depois da caça.

O PAN critica que esta “falta de informação” relativamente ao estado da conservação das populações não impeça que na elaboração do calendário de caça, sejam utilizados apenas os dados que resultam da contabilização dos efetivos abatidos na época venatória anterior, “podendo estar a ser sobrestimada a densidade populacional de cada espécie o que pode induzir a um cálculo erróneo dos limites diários de abate por caçador, de cada espécie cinegética”, aponta o partido, num comunicado enviado às redações.

O partido de André Silva dá os exemplos da rola comum (Streptopelia turtur) e do coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus), que segundo vários estudos se encontram numa situação "muito vulnerável", seja por perda de habitat, pressão cinegética ou incidência de doenças. Mas há também o caso do javali (Sus sacrofa).

“Estas pressões”, realça André Silva, “representam uma ameaça à sua conservação, sendo que no caso da rola comum, a sua população encontra-se em decréscimo populacional (79%) desde 1980, acompanhando a tendência de declínio da Europa”.

O PAN lamenta que, apesar de não haver qualquer tipo de monitorização, tenha sido autorizado no calendário de caça até 2021 o abate diário de um coelho-bravo por caçador, para todo o território português (exceção feita às zonas ardidas em 2017), “não havendo qualquer avaliação da condição das populações por parte do ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e Florestas), quer nas zonas de exploração cinegética associativa e turística, como nas municipais e nacionais”.

O partido defende que o estado das populações de espécies cinegéticas deveria ser aferido anualmente, ao invés de três em três anos. “No período decorrente do calendário de caça poderão ocorrer alterações dos ecossistemas, nomeadamente a intensificação de doenças, decréscimo da vegetação ou períodos de seca que influenciam a reprodução das populações”, justifica.

Por fim, o PAN recomenda que se extinga as zonas de caça não ordenadas, substituindo-as por zonas de refúgio para as espécies cinegéticas.

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