Auditoria da CGD deverá chegar à Assembleia da República ainda hoje
Teresa Leal Coelho espera que documento relativo à auditoria da CGD seja entregue ainda esta quarta-feira.
© Global Imagens
Política Teresa Leal Coelho
Depois de a Procuradoria-Geral da República ter revelado, esta terça-feira, que não tinha “nada a opor” quanto ao facto de o documento da auditoria à Caixa Geral de Depósitos ser disponibilizado à Assembleia da República, Teresa Leal Coelho revelou esperar que o documento seja “porventura” entregue ainda “hoje”.
A presidente da Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa explicou ainda, em declarações à SIC Notícias, que Paulo Macedo “também desencadeou um conjunto de diligências nos últimos dias, a partir do momento em que a Comissão de Orçamento e Finanças pediu que fosse libertado o relatório, nomeadamente junto do Banco de Portugal".
A resposta do Banco de Portugal foi positiva, sendo que, à semelhança da Caixa Geral, “também não se opõe” ao facto de o documento ser disponibilizado à Comissão de Orçamento e Finanças, “desde que fossem salvaguardadas as informações respeitantes ao sigilo bancário”.
Teresa Leal Coelho informou ainda que, de acordo com o presidente da Caixa, os auditores do banco público estão na manhã desta quarta-feira “a fazer verificação do relatório para de seguida o remeterem à Comissão”.
A autorização do Ministério Público face à disponibilização da auditoria à Assembleia da República chegou depois de a PGR ter recebido um pedido da Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa "de acesso ao relatório de auditoria que se encontra junto ao inquérito onde se investigam factos relacionados com a CGD".
A PGR sublinhava na referida nota emitida ontem que, apesar de "tal documento" estar "junto aos presentes autos", que "ainda se encontram abrangidos por segredo de justiça", uma vez "ponderado todo o circunstancialismo atinente à presente investigação – designadamente a data da prática dos factos, o conhecimento público que já existe relativamente a uma primeira versão do relatório e do objeto dos autos, assim como as diligências probatórias a realizar – entende-se que a sua disponibilização à Assembleia da República não é prejudicial aos interesses da prossecução da Justiça e à descoberta da verdade material".
Esta quarta-feira de manhã, refira-se, o ministro das Finanças reiterou no Parlamento que a CGD tem a indicação para levar "até às últimas consequências" para responsabilizar ex-gestores e que o Governo não tem qualquer problema com a auditoria e eventuais consequências.
A administração da CGD "tem a indicação pelo Governo para levar até às últimas consequências todas as ações necessárias para que aqueles que possam ser responsabilizados (...) possam vir a sê-lo no seu devido lugar", disse.
Explicou Mário Centeno que foi nesse sentido que mandatou a CGD para enviar o relatório da auditoria à Procuradoria-Geral da República, para apuramento de eventuais responsabilidades criminais, e ao Banco de Portugal, para avaliar eventuais contraordenações.
[Notícia atualizada às 12h11]
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