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Auditoria à CGD? Atitude do Governo “foi muito corajosa e importante”

Carlos César defendeu que o Governo não tinha motivos para esconder uma auditoria que o próprio ordenou.

Auditoria à CGD? Atitude do Governo “foi muito corajosa e importante”
Notícias ao Minuto

22:37 - 22/01/19 por Filipa Matias Pereira

Política Carlos César

Os administradores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) receberam "remuneração variável" e "voto de confiança", mesmo com resultados negativos, de acordo com a auditoria da EY à instituição relativa ao período 2000-2015, conforme revelado na CMTV por Joana Amaral Dias.

Questionado, num habitual espaço de debate na antena da SIC Notícias, relativamente à forma como esta informação chegou a público, Carlos César foi perentório: “Quando se obtém uma informação através de violação do segredo de justiça, esta nunca é a melhor".

O presidente socialista ressalvou ainda que a “Assembleia da República desenvolveu diligências para que fosse indagada a situação da Caixa Geral de Depósitos. Na última fase, ficou pendente o conhecimento dos incumpridores e um parecer que foi solicitado à Procuradoria-Geral da República e relativamente ao qual ainda não existe resposta. A Assembleia, por seu lado, cumpriu o que tinha a cumprir e fez o que tinha a fazer e fará o que tem de fazer”.

Já relativamente ao facto de a auditoria não ter sido dada a conhecer pelo PS, Carlos César insurgiu-se defendendo que “a auditoria de que hoje se sabem alguns resultados foi mandada fazer pelo Governo do Dr. António Costa”. Portanto, “que razão teria para esconder a auditoria se ele próprio é que a pediu?”, questionou retoricamente, acrescentando que depois de avaliada a situação que envolvia “matéria de sigilo bancário, o procedimento foi o que devia ter sido”.

No entendimento do líder parlamentar socialista, a atitude do Governo em relação ao tema “foi muito corajosa e importante”. Aliás, “o Governo herdou uma série de situações relativas à banca, que foram empurradas para debaixo do tapete, e teve de empenhar, como na CGD, à volta de 5 mil milhões de euros no processo de recapitalização”. Para além desse caso, detalhou, “ainda teve problemas como o BES, o BCP, o BPN, do Banif. Foi tudo caindo nas mãos do Governo em situações limite. Deve registar-se, por isso, a grande coragem do Governo em saber exigir o que era preciso e não se apropriar de informação que era de sigilo bancário”.

Pedro Santana Lopes acrescentou, no que respeita à matéria, que “independente da repartição de culpas entre os partidos que estão representados no Parlamento, o Governo mandou fazer auditoria, mas de facto na AR, a comissão por maioria da frente de Esquerda deliberou não dar a tal autorização. O triste disto tudo é que durante anos e anos, administrações de bancos concederam créditos nestas condições, sem as devidas garantias. Há aqui, de facto, irresponsabilidade por atos graves que são cometidos”.

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