Questionado no final do debate do Orçamento do Estado sobre este anúncio do primeiro-ministro, Fernando Negrão considerou que, "em termos de contas públicas, são passos no caminho certo", mas questionou se existe sustentabilidade para esse pagamento.
"Nós temos assistido à falta de sustentabilidade designadamente nos serviços público. Naturalmente que saudamos essa medida, mas exigimos ao Governo -- porque acho que os portugueses exigem isso -- que os serviços públicos tenham a mesma atenção que tem tido a dívida pública", afirmou o líder parlamentar do PSD.
O primeiro-ministro anunciou hoje que Portugal vai pagar até ao final do ano a totalidade da sua dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI), num discurso em que salientou a importância de se reduzirem encargos para futuro.
"Com a mesma determinação com que temos governado e que me permite hoje anunciar que até ao final deste ano pagaremos a totalidade da dívida ao FMI, de 4,6 mil milhões de euros, com todo o significado que comporta mais este virar de página", declarou António Costa, na Assembleia da República, momentos antes de se proceder à votação final global do Orçamento do Estado para 2019.
Perante os deputados, o líder do executivo defendeu que este passo para o pagamento antecipado da dívida ao FMI "reforçará a credibilidade internacional" de Portugal no plano externo.