"O Estado faliu devido a desordem financeira", disse no seu espaço de opinião, na TVI24, a noite passada, o economista Medina Carreira, referindo que o País chegou a esta situação devido à "desorçamentação".
Em tempo de eleições autárquicas, no programa ‘Olhos nos olhos’, conduzido por Judite de Sousa, o antigo ministro das Finanças destacou que "não é por acaso que Portugal está no estado que está".
“Tudo isto tem uma causa, e a causa é muito má: o poder central não mexe no poder e por conseguinte isso é gente que anda a fazer o que lhe apetece, são os caciques que tratam das eleições e dos interesses”, o que, acrescentou, “leva a custos exorbitantes".
O economista questionou esta falta de acção do Governo nas autarquias: “É um abandalhamento geral. E acho que é uma vergonha para os ministros das Finanças, para os chefes dos governos, que se não são capazes de fazer isto, são capazes de quê?”, questionou.
"Ninguém mexe nas Parcerias Público-Privadas (PPP), nos swaps, nos municípios. Ninguém mexe em nada", concluiu.
