“Manuel Pinho foi ao Parlamento rir-se dos deputados”
Manuela Ferreira Leite, criticou, no habitual espaço de comentário semanal na TVI24, a postura do antigo ministro perante as perguntas dos deputados na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, que decorreu na última terça-feira.
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Política Ferreira Leite
O depoimento de Manuel Pinho na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas continua na ordem do dia e a antigo ministra Manuela Ferreira Leite, no seu habitual espaço de comentário semanal na TVI24, criticou tanto a postura do antigo governante como a dos deputados que fizeram parte da comissão.
“Esta devia ser uma comissão relativamente rápida porque tinha apenas uma pergunta e uma resposta: sim ou não. A pergunta não foi feita diretamente e lamento o espetáculo deplorável que aconteceu ali. Uma pessoa que foi ex-ministro praticamente esteve a rir-se dos deputados. E os deputados prestaram-se a fazer esse favor ao Governo”, acusou a antiga ministra das Finanças.
Para Manuela Ferreira Leite ao criar uma comissão sobre o caso EDP, os parlamentares deram a Manuel Pinho uma escapatória para não responder sobre as suspeitas de ter recebido, mensalmente e enquanto era ministro, dinheiro de uma empresa do Grupo Espírito Santo (GES).
“Manuel Pinho não respondeu porque estava coberto por um tema para o qual tinha sido convocado e também acho que esta comissão não tem nada a ver com o assunto. O pecado está em saber se recebeu ou não um valor durante o seu mandato. Ele [Manuel Pinho] pode não ter feito favor nenhum a ninguém, pode ter feito a política mais fantástica da vida, que teria que ser penalizado e condenado pelo simples facto de ter recebido dinheiro e os deputados quiseram foi saber se ele andou a fazer favores”, explicou.
Já quanto à culpabilidade do antigo ministro, Manuel Ferreira Leite não deixa dúvidas. “Não tenho dúvidas de que qualquer pessoa se sentiria ofendida ao lhe ser atribuída semelhante suspeita e aproveitava a primeira oportunidade para desmentir, portanto, se não o fez é porque não o poderia fazer”
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