“Continuo a ser o homem que propõe”. Foi com estas palavras que António José Seguro defendeu a sua posição e as propostas que o Partido Socialista tem vindo a apresentar como alternativa às medidas pensadas e impostas pelo Governo, descartando o título de protestante.
Em entrevista à TVI 24, o líder do principal partido de oposição frisou a redução do IMI e do IVA na restauração, defendendo que esta última medida poderia não criar emprego, mas fixaria os já existentes no sector. “Baixar o IVA é exemplo concreto de estabilidade de emprego”, sublinhou.
“O PS apresenta proposta que ajudam empresários. Quem cria empregos são as empresas e essas empresas precisam do apoio do Estado, mas o Governo ainda não viu”, disse. Seguro defendeu ainda uma clara separação daquilo que é o sector público e privado, criticando os funcionários que acumulam cargos em ambos.
Quando questionado sobre a empregabilidade das propostas apresentadas pelos socialistas, Seguro criticou a posição do Governo pois foram levadas a Parlamento “dez propostas, oito foram aprovadas mas nenhuma delas viu a luz do dia”.
“Todas as promessas que eu faço estão no site do PS para que eleitores possam escrutinar as promessas. O programa do futuro governo não será uma lista agradável, será uma perspectiva diferente”, salientou.
Sobre a possibilidade de estar a preparar um governo, Seguro não descartou a hipótese de criar um governo sombra, embora admita que em Portugal não haja “essa tradição”. O líder do PS defende que primeiro devem estar as “ideias” e só depois as pessoas que poderão ingressar nesse executivo, contudo, admite que “haverá mais protagonismo de personalidades que colaboram connosco”.
“Há um conjunto de pessoas que trabalham com o PS que constituirão o universo de onde sairão os futuros membros do governo”, afirmou.
Ainda sobre um futuro governo, Seguro diz que é “fundamental ter o apoio do povo português”. “O próximo governo tem q fazer coisas diferentes. O próximo governo não pode errar”, alertou.