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"O Estado não tem o direito. Quem manda na minha vida sou eu. Ponto!"

O fundador do Clube dos Pensadores comenta, esta quarta-feira, o chumbo da despenalização da eutanásia.

"O Estado não tem o direito. Quem manda na minha vida sou eu. Ponto!"
Notícias ao Minuto

10:05 - 30/05/18 por Natacha Nunes Costa

Política Joaquim Jorge

Joaquim Jorge, fundador do Clube dos Pensadores, criticou, esta quarta-feira, através de um artigo de opinião enviado ao Notícias ao Minuto, o chumbo da despenalização da eutanásia.

Para o também biólogo, a eutanásia é algo do foro íntimo e pessoal que o Estado não deve intervir. “O Estado não tem o direito de interferir como eu pretendo morrer quando estiver enfermo, o Estado não tem o direito de estar constantemente a dar-me ditames e a dizer o que devo fazer. Eu não sou propriedade do Estado, eu sou um cidadão do Estado com obrigações, mas também, com direitos. Quem manda na minha vida sou eu. Ponto!”, afirma Joaquim Jorge, aproveitando para frisar que o Estado devia preocupar-se em garantir que “os idosos com parcas reformas tenham uma velhice digna e com qualidade de vida”.

“Uma pessoa que está a sofrer muito e não tem réstia de esperança de sobreviver deveria poder decidir o que deseja fazer com o seu corpo. Se porventura, um dia, me encontrar numa situação terminal, o corpo é meu eu é que decido o que faço dele”, salienta Joaquim Jorge.

"Sou a favor da despenalização da morte assistida que não obriga ninguém, mas também não impede ninguém de pôr termo à vida perante uma doença incurável, fatal e causadora de sofrimento”, acrescenta.

De acordo com o biólogo, todos devemos ter o direito a recorrer à eutanásia “perante uma doença incurável, fatal e causadora de sofrimento”, a morte medicamente assistida não deve ser vista como uma forma de “eliminar os mais idosos e doentes” como alguns querem fazer crer, mas sim uma forma de “morrer com dignidade” quando já não há esperança de uma vida de qualidade.

Em jeito de conclusão, o comentador afirma mesmo que “suicídio é ver-se uma pessoa sofrer no limite e deixar as coisas como estão”.

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