Perante a falta de médicos são muitos os hospitais e Centros de Saúde que estão a atrasar as férias dos clínicos, conta hoje o DN. As empresas de prestação de serviços, como a Randstad, admitem que “neste período [do Verão] a procura aumenta sempre. Nos hospitais tivemos um aumento de 30% com uma taxa de colação de 97%”, sendo “o grande aumento nas urgências”.
As ofertas acumulam-se nos sites de emprego e são distribuídas até por vários médicos. O DN conta que, por exemplo, na Amadora, Pinhel, Manteigas, Sabugal, Almeida ou Figueira de Castelo Rodrigo são pagos 18 a 20 euros por hora aos clínicos para suprir as necessidades.
O vice-presidente da Associação Portuguesa de Medicina de Clínica Geral e Familiar, Rui Nogueira, reconhece que “a carência de médicos de família é maior este ano, com a corrida às reformas que houve e a autorização da contratação de reformados a chegar só em Julho”.
Já João Vilaça, presidente da Associação Portuguesa de Prestadores de Serviços de Saúde, destaca que “há um tratamento igual para ir para zonas que não são procuradas e carentes, e isso faz com que ninguém queira ir para lá”.