Em comunicado, o Q Sintra pede "medidas urgentes" para proteger de abate "milhares de árvores, sobretudo cedros e pinheiros, ao longo das estradas Malveira - Lagoa Azul e Malveira - Capuchos".
Contactada pela agência Lusa, a Câmara Municipal de Sintra afirmou que está "a acompanhar em conjunto com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas [ICNF] a identificação de árvores" que estão para abate, mas que "não há nenhuma decisão tomada".
O movimento refere que em março passado, milhares de árvores foram marcadas pelo ICNF para serem cortadas "nas mesmas zonas", na altura com o argumento de que isso iria melhorar a segurança rodoviária.
Esse corte acabou por não acontecer, mas "há cerca de um mês", surgiram "novas marcas, praticamente nas mesmas árvores que em 2017".
No seu comunicado, o movimento indica ter questionado o ICNF e recebido como resposta a necessidade de cortar árvores para prevenir incêndios.
O Q Sintra contesta este argumento, contrapondo que o corte em massa de árvores "não diminuirá o risco de incêndios", tenderá antes a "aumentá-lo, secando os solos e abrindo caminho para espécies invasoras".
Os incêndios do verão passado mostraram que "o fogo atravessa auto-estradas", aponta o movimento, considerando que cortar árvores "só pode ter um objetivo de negócio".