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Urologista pediu para se manter em funções de graça, mas Hospital recusou

Carlos Guimarães, médico urologista, despediu-se do Hospital de Guimarães. Mais tarde, e consonância com o Serviço, decidiu voltar atrás na decisão. Mas foi tarde demais.

Urologista pediu para se manter em funções de graça, mas Hospital recusou
Notícias ao Minuto

15:14 - 01/02/18 por Filipa Matias Pereira

País Carlos Guimarães

O urologista Carlos Guimarães era médico no Hospital da Senhora da Oliveira – Guimarães (HSO - Guimarães), no entanto, como o próprio refere numa publicação na sua página pessoal de Facebook, pretendia “redesenhar os dias que o futuro reserva". Por isso, decidiu alterar a sua "atividade profissional a partir de 2018”.

Tomada a decisão, o especialista solicitou a renúncia do contrato de trabalho às entidades competentes do HSO – Guimarães a 27 de novembro de 2017. E, de acordo com as cláusulas do mesmo, a “cessação do trabalho ocorreria 60 dias após essa data”.

Porém, mais tarde, “em diálogo com os colegas de Serviço”, Carlos Guimarães decidiu manter-se em funções, já que da sua demissão surgiriam “vários constrangimentos na orgânica funcional” do serviço e da instituição.

Com efeito, o urologista solicitou ao Conselho de Administração, no dia 3 de janeiro deste ano, que “considerasse sem efeito o pedido de renúncia e mantivesse o contrato de trabalho em vigor”.

Mas esse pedido foi indeferido e Carlos Guimarães foi informado de que o contrato “estaria vencido no termo, ou seja, o Hospital teve oportunidade de me despedir, e despediu”.

Conforme indica ainda o médico, até ao momento não foi contratado nenhum urologista para substitui-lo e as consultas dos seus doentes foram desmarcadas. Face à situação, o especialista informou o diretor do serviço “da disponibilidade gratuita para manter a atividade até que outro colega o substituisse, mas ao que julgo saber, não foi aceite”.

Contactada pelo Notícias ao Minuto, fonte oficial do Hospital explica que, em termos legais, “a denúncia contratual pode ocorrer até ao sétimo dia seguinte à data em que a mesma chega ao poder do empregador, mediante comunicação escrita dirigida a este”. Ora, a 3 de janeiro de 2018, “o prazo para a revogação da denúncia contratual foi amplamente ultrapassado” e, por isso, “não há lugar a nenhuma deliberação do Conselho de Administração”.

Já relativamente à substituição do cirurgião, o Hospital assegura que “já tomou diligências no sentido da contratação de dois assistentes hospitalares da especialidade de Urologia”, com “o objetivo de promoção assistencial mas também de reforçar a capacidade formativa do Hospital”.

No que diz respeito à desmarcação de consultas alegada por Carlos Guimarães, a instituição hospitalar informa que “o Serviço de Urologia geriu as suas atividades com os restantes médicos, no sentido de corresponder às expectativas de agendamento clínico dos doentes”.

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