Lisboa tem nova sede para Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul

A vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Catarina Vaz Pinto, anunciou hoje que já encontrou uma nova casa para a Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, que terá de abandonar as atuais instalações até junho.

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Lusa
30/01/2018 23:18 ‧ 30/01/2018 por Lusa

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Câmara Municipal

"Em princípio, eu já tenho identificado um espaço que poderá resolver provisoriamente a situação, não na sua plenitude, mas em articulação com outros", afirmou a vereadora na reunião plenária da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), onde foi debatida uma petição em defesa da instituição, assinada por 544 pessoas.

Apesar de não ter revelado qual o local em questão, Catarina Vaz Pinto anunciou também que vai "marcar uma reunião já na próxima semana" para apresentar à instituição esta "solução transitória e depois trabalhar para a definitiva".

A 19 de janeiro, a instituição anunciou na sua página da rede social Facebook que irá permanecer até junho nas suas instalações da Avenida D.Carlos I, que deveria ter abandonado até ao final do ano passado, depois de o prédio onde está instalada ter sido vendido.

"Nos últimos meses temos andado a fazer uma pesquisa na cidade, inclusive também noutras freguesias mas estou de acordo que o ideal será manter a Guilherme Cossoul na área geográfica onde sempre existiu", advogou a responsável da Cultura do município.

Na reunião, Catarina Vaz Pinto explicou que "apenas no último ano a situação ganhou caráter de urgência", mas na sua opinião esta é "uma instituição que tem de continuar a existir" e para a qual a autarca reconhece ser necessário "encontrar uma solução".

Na apresentação da petição, o presidente desta coletividade centenária referiu que tem estado "já há muito tempo em diálogo" com a Câmara, que "se comprometeu a disponibilizar um espaço digno", como prevê o protocolo celebrado entre as duas entidades.

Paulo Tavares elencou também que resolver esta situação é "não deixar desaparecer uma instituição centenária", que "está a atravessar um dos períodos de maior dinamismo".

Em junho do ano passado, o presidente da instituição disse à Lusa que o senhorio comunicou que não queria renovar o "contrato anual, porque o edifício tinha sido vendido e passaria a ter outras funções".

De acordo com o presidente da Guilherme Cossoul, associação privada de utilidade pública fundada em setembro de 1885, o edifício, "que sempre pertenceu a privados", foi colocado no mercado "há quase uma década", tendo estado "à venda por 3,7 milhões de euros".

Desde que o n.º 61 da Avenida D. Carlos I foi colocado à venda, a direção da Guilherme Cossoul tem tentado encontrar soluções.

Além da Câmara Municipal de Lisboa, a situação tem sido também acompanhada pela Junta de Freguesia da Estrela, que propôs que a sociedade se instale definitivamente no Centro Comunitário.

Intervindo no debate, o presidente da Junta e deputado do PSD, Luís Newton, defendeu que "perante os cenários todos, esta começa a desenhar-se como sendo a única solução".

Criada há 131 anos por alunos de Guilherme Cossoul, maestro e violoncelista português, mas também fundador da Associação dos Bombeiros Voluntários de Lisboa, a Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul "esteve desde sempre ligada às Artes, à Cultura e à formação dos cidadãos, principalmente os do bairro da Madragoa, em Santos".

 

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