Mais de 70 cavalos recolhidos após acidente mortal no Natal de 2013

Mais de 70 cavalos abandonados foram recolhidos pelo município de Évora desde o acidente rodoviário ocorrido no Natal de 2013, provocado por um equídeo, que resultou em quatro mortos e quatro feridos.

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© Reuters

Lusa
20/12/2017 15:13 ‧ 20/12/2017 por Lusa

País

Évora

Desde o início de 2014, "já recolhemos mais de 70 cavalos" abandonados em espaço público e não reclamados pelos donos, revelou hoje à agência Lusa o vice-presidente da Câmara de Évora, João Rodrigues, que tem a seu cargo os serviços veterinários municipais.

A autarquia alentejana reforçou a fiscalização de equídeos abandonados na via pública, na sequência do grave acidente rodoviário, causado por um cavalo, ocorrido no dia de Natal de 2013, perto da cidade, que provocou quatro mortos e quatro feridos.

O acidente, que se verificou na Estrada Nacional (EN) 114, entre Évora e Montemor-o-Novo, resultou do choque entre dois automóveis, após um deles ter colidido com um cavalo à solta e que invadira a faixa de rodagem.

Desde então, a Câmara de Évora tem um regulamento ao abrigo do qual, se os alegados donos dos cavalos recolhidos em espaço público conseguirem provar a propriedade, podem levantar os animais.

Mas, caso os cavalos não sejam reclamados ou não seja provada a propriedade, o município pode adotar "várias medidas", uma delas reencaminhar os animais para adoção.

Segundo o vereador João Rodrigues, os mais de 70 animais recolhidos, nos últimos quase quatro anos, "têm sido entregues para adoção" e as capturas têm continuado.

"Ainda há dias", os serviços municipais "foram apanhar mais um cavalo, que se encontrava abandonado na via pública", realçou.

A fiscalização municipal a equídeos abandonados na via pública "vai manter-se", segundo o vice-presidente da autarquia, que admitiu ser "difícil acabar com esta situação".

"Enquanto continuar a haver cavalos abandonados na via pública, vamos continuar com este plano", frisou.

Dois anos depois do acidente ocorrido no Natal de 2013, o inquérito foi arquivado pelo Ministério Público (MP), por não ter conseguido identificar o proprietário do cavalo.

O despacho final do MP no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora, a que a agência Lusa teve acesso, em dezembro de 2015, concluiu que, das "declarações prestadas pelas testemunhas" e do "pedido de cooperação internacional", não se conseguiu "recolher prova indiciária da identidade do proprietário do equídeo" envolvido no acidente.

O acidente provocou a morte de um homem e de uma mulher, de 52 e 46 anos, e de uma criança de cinco anos, todos ocupantes do veículo que embateu no cavalo, assim como de uma idosa de 83 anos, que viajava no outro automóvel.

O cavalo envolvido no acidente morreu.

 

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