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Portugal pode ocupar posição cimeira no desafio da digitalização

Portugal pode ocupar "uma posição cimeira no desafio da digitalização" e compete aos decisores políticos criar as condições para isso, defendeu hoje, em Coimbra, o ministro Pedro Marques, reconhecendo, no entanto, que é um "desafio ambicioso".

Portugal pode ocupar posição cimeira no desafio da digitalização
Notícias ao Minuto

16:43 - 06/12/17 por Lusa

País Governo

Cumpre aos "decisores políticos e aos atores da política pública criar as condições para que o país possa alcançar as posições cimeiras no desafio da digitalização, incrementando a competitividade da nossa economia e desenvolvendo o país", sustentou hoje, em Coimbra, durante a primeira Conferência do Fórum Permanente para as Competências Digitais, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques.

Trata-se de "um desafio ambicioso", que "tem de ser enfrentado sob diversas vertentes", destacou.

Desde logo, salientou, "a vertente da conectividade, pois o desenvolvimento da economia digital requer" infraestruturas de comunicação que "possibilitem o tráfego a grande velocidade de enormes volumes de dados", sustentou.

Portugal está bem classificado no contexto da União Europeia e melhorou a sua posição em 2017, mas "é importante assegurar que o esforço de modernização das infraestruturas de banda larga fixa e móvel" seja prosseguido, alertou.

Esse esforço é essencial para que o país se mantenha na "dianteira dos países europeus e seja um destino competitivo para a atração destes negócios, pelos quais a competição se joga à escala global", salientou.

Outra "vertente prioritária no desafio da digitalização é a sua integração nas empresas" e embora Portugal esteja, neste âmbito, acima da média da União Europeia, há muitas pequenas e médias empresas que adotam as tecnologias digitais de forma pouco intensa, sendo, por isso, "o campo de desenvolvimento ainda vasto".

Mas nas competências digitais, Portugal está "bastante abaixo da média europeia", o que torna necessário fazer com que "os sistemas de educação e formação" acompanhem "o ritmo das mudanças na economia" e a inclusão da população, "nomeadamente a população ativa, na sociedade digital".

Para responder aos "verdadeiros desafios estruturais da economia portuguesa, como a modernização da economia e o défice de competências", o Governo criou o Programa Nacional de Reformas, "identificando medidas concretas, prazos de execução e respetivas fontes de financiamento".

Outras medidas estão a ser adotadas, frisou o ministro, referindo, designadamente o Programa INTERFACE ou o Indústria 4.0, para "acelerar a modernização do tecido económico nacional e a promover a inovação", ou como o Portugal INCoDe, destinada a aumentar as competências digitais da população, que se integra na Iniciativa Nacional em Competências Digitais e.2030 (Portugal INCoDe.2030), no âmbito da qual decorre hoje, em Coimbra, a primeira Conferência do Fórum Permanente para as Competências Digitais.

O objetivo do Portugal INCoDe é de aumentar o número de pessoas com competências digitais de 47% da população, em 2016, para 55%, em 2020, e "avançar depois muito mais até 2030", sublinhou.

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