Belmiro de Azevedo morreu, esta quarta-feira, aos 79 anos no Hospital da CUF, no Porto, onde estava internado desde o último domingo.
Desde que se soube do óbito muitas têm sido as personalidades públicas que têm demonstrado o seu pesar pela morte do eterno rosto da Sonae.
Uma dessas personalidades foi Alexandre Soares dos Santos, o fundador do grupo Jerónimo Martins. Em declarações à RTP 3, o empresário garantiu que “não considerava Belmiro de Azevedo um concorrente, mas sim um grande empresário”.
“Para mim é uma notícia muito triste e uma perda bastante importante para Portugal”, disse, descrevendo o fundador da Sonae como um “homem de visão, de ação e corajoso num país que não admira nenhum destes pontos”.
Nesta senda, Soares dos Santos deixou críticas ao país e, em especial, aos sucessivos governos: “[O país] não admira a iniciativa privada, não admite e não admira os que têm visão e tentam criar emprego e riqueza para o país e Belmiro representava justamente isso”, pois tinha “espírito de iniciativa e uma capacidade empreendedora enorme”.
O empresário disse ainda que o fundador da Jerónimo Martins “não agradava a todos porque uma coisa que os portugueses, e particularmente os governos, não gostam é a verdade”.
“Veja o que deu a jogada da PT. Não existe nem PT, nem isto, nem aquilo e [Belmiro] oferecia justamente o contrário e os governos o que fizeram? Pensaram no país? Pensaram nos empresários portugueses? Não! Acabaram com a companhia e é este o ambiente em que vivemos no setor privado que é o único que faz andar a economia e que cria emprego”, afirmou.
Em jeito de conclusão, Alexandre Soares dos Santos – que já delegou a presidência da Sonae no seu filho Pedro Soares dos Santos – afirmou que “Belmiro foi um exemplo que eu admiro”.
“Tinha um grande respeito por ele”, finalizou.
