Silva Peneda, político português, considera a morte de Belmiro de Azevedo uma perda de uma “grande personalidade”, “um grande exemplo em termos de empresário, e os milhares de postos de trabalho que criou são testemunhos da riqueza que criou para o país”.
O social-democrata acredita que o empresário português “deixou uma marca notável com um grupo económico com características próprias”, já que tinha “preocupações diversificadas, com a formação de quadros - criou uma escola – e tinha características especiais na relação com os trabalhadores”.
“Tinha horror à incompetência e incapacidade”, o que terá feito com que as “relações com a Administração Pública fossem sempre muito tensas e críticas, tinha horror ao tempo perdido, ao desperdício”.
Silva Peneda realçou ainda, nestas declarações à RTP3, o “trabalhador incansável” que Belmiro de Azevedo era, salvaguardando o trabalho que fez com o Público. “Nunca interferiu na linha editorial do Público, sou testemunha disso por várias vezes, nunca foi capaz de tentar fazer qualquer interferência”.
A sua carreira, garantiu, sempre foi pautada por “valores”, sendo considerado um “homem íntegro e sério”. “Era um homem de uma vida muito simples, era desprendido dos bens materiais, tinha muito dinheiro, mas o dinheiro era um instrumento para investimento e nunca para atitudes supérfluas”, recordou.