Verdes lamentam decisão da UNESCO sobre barragem no Douro

O Partido Ecologista “Os Verdes” lamentou hoje “profundamente” a decisão da UNESCO de aprovar, esta madrugada no Camboja, uma deliberação que admite a compatibilização entre o Douro Património Mundial e a Barragem de Foz Tua.

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Lusa
19/06/2013 14:48 ‧ 19/06/2013 por Lusa

País

Camboja

O Comité Patrimonial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, que está reunido no Camboja, aprovou o projeto de deliberação que conclui que a barragem “não afeta de forma irreversível” o Alto Douro Vinhateiro (ADV), podendo a obra prosseguir com algumas salvaguardas.

Em reação, o Partido Ecologista lamentou a decisão da UNESCO considerando que “constitui mais uma opção política do que, propriamente, uma opção técnica”.

“Os Verdes” discordam “profundamente” desta aprovação porque defendem que “não é possível a dita compatibilidade entre a barragem e a paisagem classificada do Douro”.

Afirmam ainda que a “Barragem de Foz Tua tem um impacto grande que fere profundamente a paisagem duriense classificada pela UNESCO, uma ferida que nem as medidas de salvaguarda irão conseguir atenuar”.

Este partido considerou ainda, em comunicado, que os pareceres emitidos pelo ICOMOS/UNESCO e as diversas deliberações da UNESCO, que têm vindo a ser tomadas ao longo do tempo, “contêm em si várias contradições que resultam de pressões políticas e de informações que não correspondem à realidade e à verdade, nomeadamente as questões que dizem respeito à navegabilidade do Douro”.

“Os Verdes”anunciaram para breve uma “posição mais aprofundada sobre esta matéria”.

No entanto, reafirmaram que “a Barragem de Foz Tua será uma célula cancerígena que afetará o Douro Património Mundial cuja classificação está, agora mais do nunca, ameaçada, pois esta Barragem abrirá um precedente negativo para a paisagem classificada”.

O ADV foi classificado em 2001.

Na deliberação aprovada, a UNESCO pede ao Governo para concluir o plano de gestão do bem classificado, bem como informações sobre o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da Linha de Alta Tensão, pedindo que a documentação seja enviada até 01 de setembro e antes de qualquer decisão sobre o traçado.

A organização pede ainda que sejam suspensas as escavações no canal de navegação do rio Douro, até que sejam concluídos os estudos hidráulicos, e que seja garantida a estabilidade operacional da entidade responsável pela manutenção do ADV, que é a Estrutura de Missão do Douro (EMD).

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