A imprensa espanhola, mais precisamente o jornal El Español, revelou a lista de todo o material de guerra roubado dos paióis de Tancos. 

"Este é o inventário do roubo do arsenal de Portugal que coloca a Europa em alerta". É assim que a imprensa espanhola descreve o material, referindo que a Europa está preocupada com o que possa acontecer, tendo em conta o tipo de armamento roubado.

Até ao momento, o Exército não tinha confirmado qual o material roubado em Tancos, nem as quantidades, contudo a imprensa espanhola teve acesso à informação e tornou-a pública.

• 1450 cartuchos de 9 mm
• 22 Bobinas de fio para ativação por tração
• 1 Disparador de descompressão
• 24 Disparadores de tração lateral multidimensional inerte
• 6 Granadas de mão de gás lacrimogéneo CS / MOD M7
• 10 Granadas de mão de gás lacrimogéneo CM Anti-motim M / 968
• 2 Granadas de mão de gás lacrimogéneo Triplex CS
• 90 Granadas de mão ofensivas M321
• 30 Granadas de mão ofensivas M962
• 30 Granadas de mão ofensivas M321
• 44 Granadas foguete antitanque carro 66 mm com espoleta M4112A1 com lançamento M72A3 --M/986 LAW
• 264 Unidades de explosivo plástico PE4A
• 30 CCD10 (Carga de corte)
• 57 CCD20 (Carga de corte)
• 15 CCD30 (Carga de corte)
• 60 Iniciadores IKS
• 30 Lâminas KSL (Lâmina explosiva)

Recorde-se que o assalto aos armazéns do Exército aconteceu na passada quarta-feira e tem marcado a atualidade nacional, sendo que o Chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, frisou que havia exonerado cinco comandantes ligados à segurança.

"Houve nitidamente conhecimento do que é que constava nos paióis", referiu o responsável numa entrevista à RTP, afirmando que foram roubados os paióis com materiais mais sensíveis, o que leva a crer que quem o fez conhecia bem o local ou estava bem informado.

O jornal espanhol frisou que esta foi a lista divulgada pelas autoridades portuguesas às forças antiterroristas espanholas.

Recorde-se que Azeredo Lopes, em entrevista à SIC, revelou que havia pedido ao Chefe do Estado-Maior e das Forças Armadas que "avisasse imediatamente os nossos aliados e congéneres da União Europeia e da NATO" sobre o sucedido, o que facilitou o acesso da imprensa espanhola à informação.