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Hospitais querem poupar 16 mmilhões em três anos

A reestruturação de serviços hoje anunciada para os hospitais de Caldas da Rainha e de Torres Vedras vai permitir ao Centro Hospitalar do Oeste (CHO) poupar 16 milhões de euros nos próximos três anos, revelou hoje a administração.

Hospitais querem poupar 16 mmilhões em três anos
Notícias ao Minuto

19:04 - 28/05/13 por Lusa

País Oeste

"O objetivo é reduzir a três anos 16 milhões de euros", afirmou em conferência de imprensa Carlos Sá, presidente do conselho de administração do CHO, que pretende alcançar a sustentabilidade financeira da instituição "sem penalizar os cuidados de saúde à população".

O administrador explicou que a poupança vai ser conseguida sobretudo com a transferência para outras entidades da mata e do hospital termal de Caldas da Rainha (está em cima da mesa passar para a câmara municipal) e com o encerramento do hospital do Barro, em Torres Vedras, o que permite "reduzir os custos de manutenção" das infraestruturas.

A reestruturação, segundo o responsável, vai permitir "racionalizar recursos humanos e técnicos, ter uma gestão mais eficiente e, ao mesmo tempo, oferecer uma melhor qualidade na prestação dos cuidados às pessoas com a diferenciação e especialização dos recursos".

"Esta reorganização tem como principal objetivo o doente", sublinhou.

A criação de consultas externas e cirurgias de ambulatório em valências que não existiam num ou noutro hospital, como a gastrenterologia, a pneumologia, a dermatologia, a psiquiatria ou a oftalmologia, são disso exemplo.

Trata-se de áreas em que está previsto também o reforço de médicos quer por via da contratação, quer por via de parcerias com o Centro Hospitalar Lisboa Norte.

Carlos Sá explicou ainda que há também vantagens para os profissionais, uma vez que a maior diferenciação dos cuidados torna os hospitais mais atraentes para os médicos aí progredirem na sua carreira".

O administrador revelou que, de imediato, não vai haver redução de postos de trabalho, mas admitiu que, em função dos resultados da avaliação ao processo de reorganização hospitalar, "possa haver redução da contratação externa até ao final do ano".

A reorganização vai continuar de forma faseada até 2015: até final deste ano o hospital termal de Caldas da Rainha deverá ser transferido para a câmara municipal e Alcobaça passa a pertencer a Leira.

Em relação ao hospital de Peniche, o CHO está a equacionar integrá-lo na rede de cuidados primários de saúde a partir do primeiro trimestre de 2014, ficando também vocacionado para os cuidados continuados.

O hospital do Barro, nos arredores de Torres Vedras, vai encerrar ainda sem data prevista, com a deslocação dos serviços de pneumologia e de medicina física e de reabilitação para o da cidade.

Quando o CHO alcançar a sustentabilidade financeira deverá tornar-se numa EPE - Entidade Pública Empresarial, o que vai trazer na contratação direta de profissionais.

Já em 2012, o CHO conseguiu reduzir os gastos em 16 milhões de euros, graças sobretudo a uma maior racionalização de meios e à renegociação dos contratos com os fornecedores.

O CHO conseguiu poupar 3,5 milhões só com medicamentos.

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