Ex-administrador do Grupo Lena Joaquim Barroca interrogado no DCIAP

Joaquim Barroca, ex-administrador executivo do Grupo Lena, escusou-se hoje a prestar declarações aos jornalistas à chegada e à saída do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), onde foi interrogado no inquérito "Operação Marquês".

Operação Marquês: Barroca em domiciliária sem pulseira eletrónica

© Reuters

Lusa
16/03/2017 13:26 ‧ 16/03/2017 por Lusa

País

Operação Marquês

Acompanhado do seu advogado, Castanheira Neves, o arguido entrou nas instalações do DCIAP cerca das 9:30 e saiu por volta das 12:30.

Segundo informações ligadas à investigação vindas a público, pelas contas bancárias de Joaquim Barrocas circularam vários milhares de euros com destino às contas do empresário Carlos Santos Silva, que o Ministério Público suspeita ser o `testa de ferro´ e o fiel depositário de alegados subornos pagos pelo Grupo Lena ao antigo chefe do governo socialista José Sócrates.

Em causa estará o alegado favorecimento de Sócrates, enquanto primeiro-ministro, de negócios do grupo Lena relacionados com a Parque Escolar e com a venda de casas pré-fabricadas para a Venezuela.

Tais factos são negados pelo arguido que está indiciado pelo crime de corrupção ativa.

Já no decurso da "Operação Marquês", o grupo Lena saiu em defesa de Joaquim Barroca, esclarecendo que Carlos Santos Silva "tem trabalhado com empresas do Grupo Lena desde finais da década de 80, designadamente prestando assessoria técnica e fazendo projetos de obras para Portugal e vários países".

Segundo o mesmo comunicado, entre 2005 e 2010 "as empresas do Grupo Lena efetivamente contrataram e pagaram serviços a empresas detidas pelo Carlos Santos Silva no valor total de 3.287.600 euros".

Na "Operação Marquês", o ex-primeiro-ministro José Sócrates está indiciado por corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, num processo que investiga crimes económico-financeiros e que tem 25 arguidos: 19 pessoas e seis empresas, quatro das quais do Grupo Lena.

Entre os arguidos estão Armando Vara, ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos e antigo ministro socialista, Carlos Santos Silva, empresário e amigo do ex-primeiro-ministro, Joaquim Barroca, empresário do grupo Lena, João Perna, antigo motorista de Sócrates, Paulo Lalanda de Castro, do grupo Octapharma, Henrique Granadeiro e Zeinal Bava, ex-administradores da PT, Ricardo Salgado, ex-presidente do BES, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e os empresários Diogo Gaspar Ferreira e Rui Mão de Ferro e o empresário luso-angolano Hélder Bataglia.

 

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