Gaspar silenciado por gargalhadas e palavras de ordem
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, foi ontem interrompido por cerca de duas dezenas de pessoas quando se preparava para falar na apresentação de um livro em Lisboa, constatou a agência Lusa no local. Gaspar disse, porém, não estar "nada fragilizado", na sequência desta manifestação.
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País Protestos
Os protestantes, do movimento ‘Que se lixe a troika’, gritaram "demissão!" e impediram Gaspar de falar na apresentação da obra ‘Desta vez é diferente. Oito séculos de loucura financeira’, de Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff, economistas que conceberam um polémico estudo sobre o impacto da dívida pública no crescimento económico. Gargalhadas também pontuaram a manifestação.
"Os protestos são normais em democracia. Não me sinto nada fragilizado", afirmou , no entanto, Vitor Gaspar aos jornalistas no final da apresentação da livro.
Em comunicado enviado às redacções, o movimento ‘Que se lixe a troika’ refere que "esteve presente na apresentação do livro em Lisboa para dizer a Vítor Gaspar e à sua inspiração ideológica (alegadamente fraudulenta) que a austeridade é a loucura financeira, e que aplicar a austeridade é acreditar na loucura e promovê-la, forçar as pessoas à miséria, ao desespero, à pobreza".
Acusam o ministro de ser "o representante nacional máximo da Loucura Financeira", acrescentando que Vítor Gaspar "não tem qualquer legitimidade para estar frente a um Ministério".
Entende o movimento que "a demissão deste Governo é o único acto de sanidade que está neste momento em cima da mesa".
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