Pedro Dias diz que não matou ninguém e acusa GNR de ameaças de morte

A fuga de Pedro Dias terminou esta terça-feira por sua vontade.

Pedro Dias - detenção

© RTP3

Patrícia Martins Carvalho
08/11/2016 23:26 ‧ 08/11/2016 por Patrícia Martins Carvalho

País

Crime

Pedro Dias entregou-se hoje, cerca das 19h00, à Polícia Judiciária. A entrega foi preparada pelos seus advogados que contactaram a RTP para que tudo ficasse gravado. Em causa, explicou o suspeito à jornalista Sandra Felgueiras, o facto de sentir que a sua vida corria risco.

A RTP transmitiu em direto a detenção de 'Piloto', como era conhecido, que foi feita numa casa em Arouca, a poucos metros da Câmara Municipal.

Antes da detenção, o suspeito deu uma entrevista exclusiva à RTP na qual garantiu que toda a situação começou com um “mal-entendido” e que só o militar da GNR que sobreviveu – o colega foi morto alegadamente por Pedro Dias - poderá explicar o que aconteceu.

Segundo a jornalista a responsabilidade de tudo é atribuída a este militar pelo suspeito: Pedro Dias diz que estava a dormir no carro, foi abordado pelos militares da GNR que lhe pediram a identificação e a partir daí não entra em pormenores.

Mas frisa: “Não matei ninguém”. Terão sido estas as palavras que utilizou na entrevista concedida à RTP, acompanhadas de revelações acusatórias em relação à GNR. Segundo o suspeito, cerca das 09h00 do fatídico dia 11 de outubro um sargento daquela força militar ligou-lhe, garantindo-lhe que ia ser morto.

Foi a partir desse momento que decidiu fugir utilizando para isso casas abandonadas, comendo castanhas, lavando-se no rio e sobrevivendo com apenas 60 euros no bolso. Garante que não sequestrou ninguém, não roubou ninguém e volta a dizer que não matou ninguém – recorde-se que é suspeito de ter assassinado um militar da GNR e um homem, civil. Suspeito de ter furtado uma viatura, Pedro Dias diz que a mesma lhe foi emprestada.

Decidiu entregar-se porque, garantiu, não consegue imaginar-se a viver como um foragido o resto da sua vida até porque é pai de um menino de dez meses e de uma menina de dez anos. E foi precisamente com a filha mais velha e com a atual companheira que Pedro Dias trocou as últimas palavras antes de ser detido.

Quanto aos pais negou que o tivessem ajudado e disse mesmo que ouviu pessoas a falarem de si ao seu lado sem o reconhecerem.

Pedro Dias esteve sempre em Portugal entre as zonas de Arouca, Aguiar da Beira e Vila Real. Entregou-se hoje depois de na semana passada ter entrado em contacto com um familiar pedindo-lhe que preparasse tudo para que se pudesse entregar em segurança pois, garante, foi alvo de várias tentativas de homicídio nas últimas quatro semanas.

O suspeito foi levado para as instalações da Polícia Judiciária da Guarda onde vai passar a noite para depois ser presente a tribunal para aplicação das respetivas medidas de coação.

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