Sob o lema: "Não queremos viver num país do medo", a concentração contra o racismo e a violência foi organizada por diversas estruturas da sociedade civil, coletivos artísticos e associações, entre as quais a SOS Racismo, A Plateia e os Artistas Unidos, com iniciativas semelhantes a decorrer em Coimbra e no Porto.
Com cartazes nas mãos e palavras de ordem contra a discriminação, os manifestantes vão ocupando o Largo de Santos, num ambiente marcado por indignação e solidariedade ao mesmo tempo.
Adérito Lopes, ator da companhia A Barraca, foi agredido na passada terça-feira, Dia de Portugal, por um grupo de extrema-direita quando se preparava para entrar no espetáculo "Amor é fogo que arde sem se ver", uma homenagem a Camões, com entrada livre.
Em declarações à Lusa, a diretora da companhia, a atriz e encenadora Maria do Céu Guerra, relatou que a agressão ocorreu por volta das 20:00, quando os atores chegavam ao Cinearte, no Largo de Santos.
Junto à entrada, cruzaram-se com "um grupo de neonazis com cartazes e panfletos", com frases xenófobas, que inicialmente começaram por provocar uma das atrizes.
Na quarta-feira, o Ministério Público confirmou à Lusa a abertura de um inquérito para investigar os acontecimentos.
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