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Complexo hoteleiro de luxo proíbe "gays e lésbicas" de reservar quarto

Este hotel diz que a admissão pode ser vedada a gays, lésbicas, adeptos de futebol, festivaleiros e consumidores de estupefacientes.

Notícias ao Minuto

13:00 - 05/06/16 por Carolina Rico

País Discriminação

Um complexo hoteleiro no Minho está a ser acusado de discriminação contra casais homossexuais por vedar o acesso ao estabelecimento a gays e lésbicas.

Ao efetuar uma reserva no site da Casa D’ João Enes em  Afife, Viana do Castelo, quem ler os termos da ‘política de cancelamento e condições de venda’ percebe que há várias regras pouco habituais a ter em conta:

“Estimado hóspede caso se encontre numa das quatro situações abaixo indicadas, queira fazer o favor de não prosseguir com a sua reserva, ou de a cancelar caso a mesma já tenha sido concretizada, sob pena de ser vedada a Vossa admissão às instalações: Adeptos de futebol; Frequentadores/adeptos de festivais de música de verão; Gays e lésbicas; Consumidores de estupefacientes e/ou quaisquer substâncias psicotrópicas”.

O Notícias ao Minuto contactou o complexo hoteleiro Casa D' João Enes que recusou prestar quaisquer declarações sobre o caso. 

A denúncia partiu do Diário de Notícias e no Facebook, a ILGA (Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero) já se manifestou contra o que diz ser uma “discriminação explícita em função da orientação sexual no acesso a bens e serviços”, pedindo a quem tenha sido alvo de situações como estas para as denunciar.

“Este caso mostra bem a necessidade de legislação que permita prevenir e punir este tipo de discriminação”, escreve ainda a associação, que acrescenta: "temos vindo a reivindicar a criação de uma lei-quadro contra todos os tipos de discriminação, incluindo a com base na orientação sexual e na identidade de género, e que abranja também a discriminação múltipla - e esperamos que este exemplo ajude a tornar evidente a sua importância e urgência”.

O complexo Casa D’ João Enes é composto por treze quartos distribuídos por três edifícios do século XVII recuperados. Segundo a sua página na internet conta com o apoio do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional e faz parte do Quadro de Referência Estratégica Nacional.

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